Nos anos 30 do século passado subiu ao poder na Alemanha, Hitler, e com ele, todas as implicações politico-ideológicas mal-amanhadas à qual se foram unindo um número assustador de caucasianos.Havia um medo do comunismo, um desepero e uma desorientação tal, que muitos acreditavam ser necessária uma "renovação" das etnias existentes na Alemanha e possivelmente no resto do mundo.Havia esta suspeita já presente, que Hitler aproveitou para "encarneirar" o maior número de pessoas possível, criando o sonho de um mundo "limpo", "puro", "ariano"...
Como em qualquer proposta de ditadura, existia o objectivo de criar um estado de controlo máximo da movimentação das pessoas.É aqui que reside para mim, o início da questão e onde considero haver um dado interessante.A relação entre um estado controlador e a sua "virilização".
A razão porque no nazismo se propagava a violência nas ruas como forma de fazer política, nada mais era do que a melhor forma de prever e domar os acontecimentos, porque verdade seja dita, um estado "virilizado" é muito mais previsível e controlável do que um estado "efeminado" onde as motivações e os valores não seriam tão básicos e superficiais.
O próprio Hitler não deveria ser tão nazi quanto os seus seguidores, mas arranjou sem dúvida um discurso simples, eficaz e acima de tudo "viril" que por esta mesma última característica dava segurança a quem se assumia partidário desse discurso.Digo mais até:Hitler gostava de mulheres, coisa que não parece acontecer com a percentagem esmagadora de nazis(e mesmo Hitler aparenta ser duvidoso), para os quais o mundo deve ser masculino, militarista, espartanista, opressor, racista e nacionalista, não deixando espaço para outras características mais compassivas, conciliantes, cujas se podem considerar mais femininas.Um homem que recusa por completo características femininas numa sociedade é um homem que gosta de homens.Mas na minha opinião, Hitler fazia-o hipócritamente e por necessidade de controlo.O facto de se proibir a homossexualidade brutalmente, mais não pode ser do que um medo escondido que isso se pudesse alastrar num mundo virilizado, não o tornando tão previsível.
Surge a segunda parte da questão e o terceiro lado do triângulo.A relação entre virilização e anti-naturalidade.
Virilização---Previsibilidade---Contra-Natura
De facto, existe a tentação de prever ao máximo a realidade para poder controlá-la, e no caso dos homens que não estão tão ligados à terra e à vida, mas sim, aos seus objectivos, mais fácil se torna conceber um mundo onde, embora não se negue as tendências naturais, se nega a sua supremacia e simplesmente se procura a eficácia do sistema criado pelo ser humano.
É uma tentação muito forte aquela que um homem tem para pensar:" E se eu previsse isto tudo?E se eu já entendesse tudo?E se eu já controlasse todos os parâmetros da natureza e da sociedade?E se eu souber tudo?Eu podia ser Deus."
Esta tentação vai contra a natureza das coisas mas é uma boa forma de motivação para a vida, na minha opinião.Pois sabendo que não sou Deus, não preciso de me preocupar enquanto busco a perfeição, uma vez que esta busca será infinita.Mas por ser infinita, eu tenho de saber quando parar, quando me render, tenho de buscar a estabilidade de vez em quando.É aí que entra a Mulher.Mulher essa que estabelece os limites da loucura para o homem(ou a passagem para outras).
Curiosamente e ao contrário do que normalmente oiço, não é o homem que dá segurança, mas sim a Mulher, pois mais importante do que nos que protegermos das tempestades, das confusões e dos inimigos é proteger o valor da vida.É ter uma resposta(como se fala, e bem, num anterior post), uma justificação...e a única resposta concrecta e real que o homem tem para a vida...é a Mulher.
Wednesday, May 23, 2007
Tuesday, May 22, 2007
Experiment Stupidity
Peço Desculpa ao Blog Arqueologia do Corpo, de onde "roubei" este vídeo, mas é demasiado importante difundir quão estupidos e perigosos são os Estados Unidos da América. De tomar em conta que estas pessaos votam em quem será o Presidente do país mais poderoso do mundo.
Sunday, May 20, 2007
"Crer para Viver"
Depois de ter-me sujeitado, por curiosidade doentia e da qual me envergonho, aos argumentos e conselhos quer da Oprah como do famoso Dr.Phil, reparei que hoje em dia se aconselha as pessoas a acreditarem em "algo", não necessariamente em Deus, mas em alguma coisa. Como que fosse algo de necessário à existência humana acreditar em algo de superior a nós, ou à nossa existência. Estranhei um pouco este paradoxo estranho, de ver crentes numa determinada doutrina, a afirmarem que não é necessário acreditar no Deus deles, mas pelo menos encontrar um substituto. E então pus-me a pensar:
Porque será que devemos nós acreditar em algo?
Porque será que desde as tribos indígenas numa ilha deserta, aos Romanos, Gregos, Católicos, Muçulmanos, todos acreditam num Deus, ou em algo Superior a si mesmos?
Porque é que o ser humano é levado a Crer para Viver?
Será que existe mesmo uma necessidade inerente ao ser humano de acreditar em algo superior a si, que comanda os nossos destinos?
Primeiro acho que devo definir que, pessoalmente, eu acredito em respostas. Eu acredito que existem razões e causas para o que acontece. E que a procura dessas causas deve fazer sentido, independentemente da direcção em que me apontar, seja Deus, ou o fim do mundo.
Assim comecei a minha análise da questão, perguntando:
De onde surgiram as crenças?
Penso que nos tempos em que o intelecto humano ainda não estava totalmente desenvolvido, os seres humanos começaram a associar consequências com causas. E esta associação começou, associando causas passadas e consequências presentes, e movendo-se para causas presentes com consequências futuras. Assim ganhámos a capacidade de prever com alguma certeza o futuro. Consequentemente surgiu aquilo que eu chamo de espírito científico, também conhecido como curiosidade. Começou-se então a procurar as causas para as consequências que mais importavam ás pessoas naquela altura:
Porque é que morremos? Porque é que se dão terramotos? etc...
Desta procura de saber o porquê das coisas, surgram as primeiras crenças em seres superiores:
"Ao ofender o meu vizinho ele torna-se violento. Assim, da mesma forma: a Terra tremeu, pois ofendemo-la!"
Mas estas crenças respondem apenas ao espírito científico de cada um de nós... são respostas, mais nada.
Posso assim concluir que não existe na natureza humana uma necessidade de crer em algo, mas que aquilo que nos leva à religião não é nada mais do que aquilo a que eu chamo de espirito científico, a necessidade de saber o porquê das coisas, de obter respostas. Muito ironicamente o mesmo espírito que nega todas as crenças em entidades não lógicas, ou cientificamente provadas.
Continuei a minha análise e perguntei-me :
Assim, donde surgiram as religiões, e para que propósito?
Á medida que o tempo passava, alguns dos habitantes das sociedades tribais (ou qualquer outro tipo de sociedade), ganham, naturalmente, maior experiência e sabedoria, que lhes concedem maior respeito e credibilidade. Que por sua vez, lhes concedem, maior estatuto e autoridade.
Estes habitantes, têm a "sua" resposta, e essa resposta é estabelecida como verdadeira para toda a tribo, pois dado o estatuto e sabedoria dos velhos e sábios aldeões, nenhum dos outros aldeões encontra razões para duvidar dela. No entanto, dado os meios existentes naquela altura não serem os necessários para explicar o porquê de todos os acontecimentos verdadeiramente relevantes para um indivíduo, essa resposta não era absoluta, e provavelmente nem sequer era correcta. Mas isso tornou-se secundário quando surgiu um outro aldeão com uma outra resposta. Uma resposta que punha em perigo o estatuto dos aldeões velhos e sábios, e estes protegeram esse estatuto, calando essa nova resposta, independentemente do mérito da mesma.
E assim os velhos sábios ganharam a noção do poder que possuíam e da única coisa que os mantinha agarrados a esse poder:
A crença da tribo na "sua" resposta.
Assim surgiram as religiões, cuja principal natureza é serem uma ferramenta de poder utilizada pelos extractos sociais superiores para manter a sua credibilidade e estatuto.
Essas ferramentas foram sendo aperfeiçoadas e embelezadas. Assim ao analisarmos as crenças e religiões que mais se proliferaram, todas elas apelam ao descanso da nossa consciência. Existem em toda elas promessas de uma vida positiva, e de um futuro risonho, para aqueles que acreditam nos seus princípios. Quer seja acreditar no destino, ou no Karma, ou em Deus. Estas doutrinas transmitem um conjunto de limitações, de regras, que se seguidas, levam a um final positivo. Esta forma de embelezar o mundo em que nos inserimos, é apenas uma forma de atrair as pessoas à mensagem, pois elas QUEREM acreditar que tudo vai correr bem. Quando na realidade, isso não é algo que se possa prever.
Concluindo:
Dado hoje em dia o método científico conseguir estabelecer respostas para coisas que na altura da criação das religiões não era possível, elas têm de se ajustar e adaptar á esta nova realidade. E assim, procuram fomentar esta pseudo-necessidade, de um final feliz.Como se o ser humano não fosse capaz de assumir as suas responsabilidades, e viver a sua vida sem a promessa de um final que lhe seja satisfatório.
A verdade é que não existem finais felizes, apenas finais. E a tentativa de assegurar esse final feliz é uma exploração social da qual depende a existência das igrejas.
Porque será que desde as tribos indígenas numa ilha deserta, aos Romanos, Gregos, Católicos, Muçulmanos, todos acreditam num Deus, ou em algo Superior a si mesmos?
Porque é que o ser humano é levado a Crer para Viver?
Será que existe mesmo uma necessidade inerente ao ser humano de acreditar em algo superior a si, que comanda os nossos destinos?
Primeiro acho que devo definir que, pessoalmente, eu acredito em respostas. Eu acredito que existem razões e causas para o que acontece. E que a procura dessas causas deve fazer sentido, independentemente da direcção em que me apontar, seja Deus, ou o fim do mundo.
Assim comecei a minha análise da questão, perguntando:
De onde surgiram as crenças?
Penso que nos tempos em que o intelecto humano ainda não estava totalmente desenvolvido, os seres humanos começaram a associar consequências com causas. E esta associação começou, associando causas passadas e consequências presentes, e movendo-se para causas presentes com consequências futuras. Assim ganhámos a capacidade de prever com alguma certeza o futuro. Consequentemente surgiu aquilo que eu chamo de espírito científico, também conhecido como curiosidade. Começou-se então a procurar as causas para as consequências que mais importavam ás pessoas naquela altura:
Porque é que morremos? Porque é que se dão terramotos? etc...
Desta procura de saber o porquê das coisas, surgram as primeiras crenças em seres superiores:
"Ao ofender o meu vizinho ele torna-se violento. Assim, da mesma forma: a Terra tremeu, pois ofendemo-la!"
Mas estas crenças respondem apenas ao espírito científico de cada um de nós... são respostas, mais nada.
Posso assim concluir que não existe na natureza humana uma necessidade de crer em algo, mas que aquilo que nos leva à religião não é nada mais do que aquilo a que eu chamo de espirito científico, a necessidade de saber o porquê das coisas, de obter respostas. Muito ironicamente o mesmo espírito que nega todas as crenças em entidades não lógicas, ou cientificamente provadas.
Continuei a minha análise e perguntei-me :
Assim, donde surgiram as religiões, e para que propósito?
Á medida que o tempo passava, alguns dos habitantes das sociedades tribais (ou qualquer outro tipo de sociedade), ganham, naturalmente, maior experiência e sabedoria, que lhes concedem maior respeito e credibilidade. Que por sua vez, lhes concedem, maior estatuto e autoridade.
Estes habitantes, têm a "sua" resposta, e essa resposta é estabelecida como verdadeira para toda a tribo, pois dado o estatuto e sabedoria dos velhos e sábios aldeões, nenhum dos outros aldeões encontra razões para duvidar dela. No entanto, dado os meios existentes naquela altura não serem os necessários para explicar o porquê de todos os acontecimentos verdadeiramente relevantes para um indivíduo, essa resposta não era absoluta, e provavelmente nem sequer era correcta. Mas isso tornou-se secundário quando surgiu um outro aldeão com uma outra resposta. Uma resposta que punha em perigo o estatuto dos aldeões velhos e sábios, e estes protegeram esse estatuto, calando essa nova resposta, independentemente do mérito da mesma.
E assim os velhos sábios ganharam a noção do poder que possuíam e da única coisa que os mantinha agarrados a esse poder:
A crença da tribo na "sua" resposta.
Assim surgiram as religiões, cuja principal natureza é serem uma ferramenta de poder utilizada pelos extractos sociais superiores para manter a sua credibilidade e estatuto.
Essas ferramentas foram sendo aperfeiçoadas e embelezadas. Assim ao analisarmos as crenças e religiões que mais se proliferaram, todas elas apelam ao descanso da nossa consciência. Existem em toda elas promessas de uma vida positiva, e de um futuro risonho, para aqueles que acreditam nos seus princípios. Quer seja acreditar no destino, ou no Karma, ou em Deus. Estas doutrinas transmitem um conjunto de limitações, de regras, que se seguidas, levam a um final positivo. Esta forma de embelezar o mundo em que nos inserimos, é apenas uma forma de atrair as pessoas à mensagem, pois elas QUEREM acreditar que tudo vai correr bem. Quando na realidade, isso não é algo que se possa prever.
Concluindo:
Dado hoje em dia o método científico conseguir estabelecer respostas para coisas que na altura da criação das religiões não era possível, elas têm de se ajustar e adaptar á esta nova realidade. E assim, procuram fomentar esta pseudo-necessidade, de um final feliz.Como se o ser humano não fosse capaz de assumir as suas responsabilidades, e viver a sua vida sem a promessa de um final que lhe seja satisfatório.
A verdade é que não existem finais felizes, apenas finais. E a tentativa de assegurar esse final feliz é uma exploração social da qual depende a existência das igrejas.
Wednesday, May 16, 2007
Tuesday, May 15, 2007
Oração do Homem Moderno
Convoco todos os Santos
Todos os espíritos
Deuses do passado
Ou santidades de conveniência
A todos vos chamo!
Por favor!
Matem-me a Consciência!
Já tenho tudo
Segurança, amigos...
Só me falta uma coisa
Livrar-me da minha Consciência
Aqui a entrego
Aqui a vendo
Aqui no santuário da minha solidão
Que espero ver pela última vez
Ninguém tem um Deus para me dar?
Um contentor para o meu sofrimento?............................................................................................
.........................................................................................................................................................................
Espera...
Vejo uma luz
Uma resposta divina!...
Sim, é isso!
Mas porque hei-de duvidar da minha bondade?
Só quero comprar as minhas coisas, as minhas casas, os meus carros
Sem me sentir culpado
Será pedir muito?
É preciso que os outros também sejam felizes...
Heis a minha nova oração:
"Que todos se satisfaçam
Que os pobres se saciem
Com o pouco que têm
Que os ricos tenham tudo
E que não me chateiem
Que os feios fiquem aquém
Mas que não se importem
Que os bonitos lhes digam
Que só conta o que sentem
Que os cegos e surdos
Se contentem com coisinhas
E os outros inválidos
Só precisem de festinhas
Que os que morrem a sofrer
Tenham seu lugar no Céu
Mas que o próprio Inferno
Não seja assim tão mau
Que todas as almas do Mundo
Encontrem o seu caminho
E que nada falte
A quem só olha o seu ninho
Deus!
Faz da hipocrisia, a nova demência
E salva-me da minha Consciência"
Todos os espíritos
Deuses do passado
Ou santidades de conveniência
A todos vos chamo!
Por favor!
Matem-me a Consciência!
Já tenho tudo
Segurança, amigos...
Só me falta uma coisa
Livrar-me da minha Consciência
Aqui a entrego
Aqui a vendo
Aqui no santuário da minha solidão
Que espero ver pela última vez
Ninguém tem um Deus para me dar?
Um contentor para o meu sofrimento?.............................
........................................
Espera...
Vejo uma luz
Uma resposta divina!...
Sim, é isso!
Mas porque hei-de duvidar da minha bondade?
Só quero comprar as minhas coisas, as minhas casas, os meus carros
Sem me sentir culpado
Será pedir muito?
É preciso que os outros também sejam felizes...
Heis a minha nova oração:
"Que todos se satisfaçam
Que os pobres se saciem
Com o pouco que têm
Que os ricos tenham tudo
E que não me chateiem
Que os feios fiquem aquém
Mas que não se importem
Que os bonitos lhes digam
Que só conta o que sentem
Que os cegos e surdos
Se contentem com coisinhas
E os outros inválidos
Só precisem de festinhas
Que os que morrem a sofrer
Tenham seu lugar no Céu
Mas que o próprio Inferno
Não seja assim tão mau
Que todas as almas do Mundo
Encontrem o seu caminho
E que nada falte
A quem só olha o seu ninho
Deus!
Faz da hipocrisia, a nova demência
E salva-me da minha Consciência"
Thursday, May 3, 2007
Querem argumentos para filmes?Os americanos têm os westerns, nós temos a exploração do planeta Terra
-20 anos antes de Colombo "chocar" contra as Caraíbas, João Vaz Corte Real descobriu a ilha a que chamaram de Terra Nova, no Canadá.A existência de terra naquela zona do oceano foi mantida secreta por ordem de D.João II e as expedições continuaram, resultando na descoberta da costa norte-americana.
-As estimativas em relação á circunferência da Terra, feitas por Colombo, estavam muito mais longe da realidade que as da Junta de Matemática da corte de D.João II.Razão pela qual o rei recusou financiar as viagens e permitiu que Colombo convencesse a Rainha Isabel de Castela a financiá-lo e torná-lo almirante dos mares da Ìndia a descobrir e governador e vice-rei das terras do Oriente que se propunha descobrir também(pouco ambicioso, o homem).
-Como sabemos, Colombo não só não descobriu terras orientais nenhumas, nem mares da Índia, como distraiu a corte espanhola da luta comercial em que se quiz envolver, totalmente ganha por Portugal, nesta fase, visto que 4 anos antes de colombo dar com as Caraíbas em 1492, por engano, já Bartolomeu dias tinha chegado a metade do caminho marítimo para a Índia, sendo depois feita a viagem completa por Vasco da Gama em 1498.
-O tratado de tordesilhas, em que os negociadores portugueses conseguiram alterar a proposta do Papa para umas léguas mais à esquerda, apanhando o Brasil(mas falhando as caraíbas, para satisfação dos espanhóis), teve lugar em 1494.Isto foi 4 anos antes da suposta "expedição secreta" de Duarte Pacheco Pereira e 6 anos antes de "descoberta oficial" de Pedro Álvares Cabral.Conveniente, não?
-Existe um mapa, feito pela National Geographic Society, chamado "The Explorers", que tenho na minha posse.Nesse mapa estão enumerados os mais importantes exploradores: 12 exploradores ingleses, 6 espanhóis, 3 portugueses...a minha dúvida é:
Tristão Vaz Teixeira, Diogo de Silves, Gil Eanes, Afonso Gonçalves Baldaia, Dinis Dias, Diogo de Azambuja, Diogo Cão, Afonso de Paiva, Pêro da Covilhã, Gonçalo Eanes, João Fernandes, Pedro de Barcelos, Vasco da Gama, Duarte Pacheco Pereira, Pedro Álvares Cabral, João Vaz Corte Real(e seus respectivos 3 filhos), João Rodrigues Cabrilho, João da Nova, Afonso de Albuquerque, Francisco Serrão, António Fernandes, Fernão de Magalhães, Bartolomeu Dias, Martim Afonso de Sousa,Aarão Hallevi , António Abreu, Afonso de Paiva, António de Andrade, Bento de Góis, Brás Cubas, Diogo Álvares Correia, Diogo Rodrigues, Cristovão Pereira de Abreu,Diogo de Teive, Estevão Gomes, Fernão Gomes, Jorge Álvares, João Fernandes Lavrador, João Ramalho, Luis Vaz de Torres, Lourenço Marques, Martim Soares Moreno, Pedro de Mascarenhas, Pero Coelho de Sousa, Pero Lopes de Sousa, Pero Escobar, João Fernandes de Oliveira, Jorge de Menezes, Tristão da Cunha, Fernão Mendes Pinto, João Gonçalves Zarco, Cristovão de Mendonça, Gomes de Sequeira, Pedro Fernandes de Queirós, Hermenegildo Capelo, Roberto Ivens, Serpa Pinto...60 pioneiros e exploradores aventureiros portugueses, praticamente todos da Era dos descobrimentos (que começou com a conquista de Ceuta).
Pronto, se não quiserem, não ponham todos, mas só 3 é abuso, não?
-Foram encontrados mapas portugueses que revelam conhecimento da existência da austrália, 250 anos antes de James Cook lá passar, pois nesses mapas, depois de algum estudo, foi possível encontrar contornos detalhados duma parte da costa australiana.
-Existe uma imagem mítica dos portugueses, propagandeada, principalmente entre os americanos, que nos classifica como tiranos e chacinadores.O facto é que, de todos os povos de exploradores desta época dos descobrimentos (portugueses, holandeses, espanhóis, ingleses e franceses), os portugueses são dos que têm menos registos de comportamentos tirânicos e racistas(claro que também tivemos a nossa quota parte, principalmente na escravização) e sendo bastante favoráveis à miscigenação, ao contrário do que se verifica nos outros povos e principalmente, nos ingleses que sempre tiveram uma política de "apertheid" em relação a outras raças.
-O explorador João Fernandes de Oliveira teve 13 filhos assumidos da ex-escrava (já, mulata) Xica da Silva com quem se tinha casado e assumido abertamente o matrimónio, daí o nome da senhora passar a Francisca da Silva Oliveira.O padre António Vieira teve forte relação e conhecimentos com os nativos do Brasil e sempre quiz contribuir para a sua integração na sociedade cristã(uma forma de eles não serem ostracizados).Camões descreve no seu poema "Endechas a Bárbara Escrava" uma atitude não-racista e de vanguarda.
-"Ali andavam entre eles três ou quatro moças, bem novinhas e gentis, com cabelos muito pretos e compridos pelas costas; e suas vergonhas, tão altas e tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as nós muito bem olharmos, não se envergonhavam"-Pero Vaz de Caminha referindo-se às nativas do Brasil, nas suas cartas relativas à viagem de Pedro Álvares Cabral em 1500.
-As estimativas em relação á circunferência da Terra, feitas por Colombo, estavam muito mais longe da realidade que as da Junta de Matemática da corte de D.João II.Razão pela qual o rei recusou financiar as viagens e permitiu que Colombo convencesse a Rainha Isabel de Castela a financiá-lo e torná-lo almirante dos mares da Ìndia a descobrir e governador e vice-rei das terras do Oriente que se propunha descobrir também(pouco ambicioso, o homem).
-Como sabemos, Colombo não só não descobriu terras orientais nenhumas, nem mares da Índia, como distraiu a corte espanhola da luta comercial em que se quiz envolver, totalmente ganha por Portugal, nesta fase, visto que 4 anos antes de colombo dar com as Caraíbas em 1492, por engano, já Bartolomeu dias tinha chegado a metade do caminho marítimo para a Índia, sendo depois feita a viagem completa por Vasco da Gama em 1498.
-O tratado de tordesilhas, em que os negociadores portugueses conseguiram alterar a proposta do Papa para umas léguas mais à esquerda, apanhando o Brasil(mas falhando as caraíbas, para satisfação dos espanhóis), teve lugar em 1494.Isto foi 4 anos antes da suposta "expedição secreta" de Duarte Pacheco Pereira e 6 anos antes de "descoberta oficial" de Pedro Álvares Cabral.Conveniente, não?
-Existe um mapa, feito pela National Geographic Society, chamado "The Explorers", que tenho na minha posse.Nesse mapa estão enumerados os mais importantes exploradores: 12 exploradores ingleses, 6 espanhóis, 3 portugueses...a minha dúvida é:
Tristão Vaz Teixeira, Diogo de Silves, Gil Eanes, Afonso Gonçalves Baldaia, Dinis Dias, Diogo de Azambuja, Diogo Cão, Afonso de Paiva, Pêro da Covilhã, Gonçalo Eanes, João Fernandes, Pedro de Barcelos, Vasco da Gama, Duarte Pacheco Pereira, Pedro Álvares Cabral, João Vaz Corte Real(e seus respectivos 3 filhos), João Rodrigues Cabrilho, João da Nova, Afonso de Albuquerque, Francisco Serrão, António Fernandes, Fernão de Magalhães, Bartolomeu Dias, Martim Afonso de Sousa,Aarão Hallevi , António Abreu, Afonso de Paiva, António de Andrade, Bento de Góis, Brás Cubas, Diogo Álvares Correia, Diogo Rodrigues, Cristovão Pereira de Abreu,Diogo de Teive, Estevão Gomes, Fernão Gomes, Jorge Álvares, João Fernandes Lavrador, João Ramalho, Luis Vaz de Torres, Lourenço Marques, Martim Soares Moreno, Pedro de Mascarenhas, Pero Coelho de Sousa, Pero Lopes de Sousa, Pero Escobar, João Fernandes de Oliveira, Jorge de Menezes, Tristão da Cunha, Fernão Mendes Pinto, João Gonçalves Zarco, Cristovão de Mendonça, Gomes de Sequeira, Pedro Fernandes de Queirós, Hermenegildo Capelo, Roberto Ivens, Serpa Pinto...60 pioneiros e exploradores aventureiros portugueses, praticamente todos da Era dos descobrimentos (que começou com a conquista de Ceuta).
Pronto, se não quiserem, não ponham todos, mas só 3 é abuso, não?
-Foram encontrados mapas portugueses que revelam conhecimento da existência da austrália, 250 anos antes de James Cook lá passar, pois nesses mapas, depois de algum estudo, foi possível encontrar contornos detalhados duma parte da costa australiana.
-Existe uma imagem mítica dos portugueses, propagandeada, principalmente entre os americanos, que nos classifica como tiranos e chacinadores.O facto é que, de todos os povos de exploradores desta época dos descobrimentos (portugueses, holandeses, espanhóis, ingleses e franceses), os portugueses são dos que têm menos registos de comportamentos tirânicos e racistas(claro que também tivemos a nossa quota parte, principalmente na escravização) e sendo bastante favoráveis à miscigenação, ao contrário do que se verifica nos outros povos e principalmente, nos ingleses que sempre tiveram uma política de "apertheid" em relação a outras raças.
-O explorador João Fernandes de Oliveira teve 13 filhos assumidos da ex-escrava (já, mulata) Xica da Silva com quem se tinha casado e assumido abertamente o matrimónio, daí o nome da senhora passar a Francisca da Silva Oliveira.O padre António Vieira teve forte relação e conhecimentos com os nativos do Brasil e sempre quiz contribuir para a sua integração na sociedade cristã(uma forma de eles não serem ostracizados).Camões descreve no seu poema "Endechas a Bárbara Escrava" uma atitude não-racista e de vanguarda.
-"Ali andavam entre eles três ou quatro moças, bem novinhas e gentis, com cabelos muito pretos e compridos pelas costas; e suas vergonhas, tão altas e tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as nós muito bem olharmos, não se envergonhavam"-Pero Vaz de Caminha referindo-se às nativas do Brasil, nas suas cartas relativas à viagem de Pedro Álvares Cabral em 1500.
300
(quem não viu o filme "300" ainda, não leia os dois primeiros parágrafos)
Depois de ter visto, finalmente, esse filme que deu tanto que falar e depois de concluir que é um bom filme para entretenimento e estupefacção com efeitos estéticos e cenas de batalha, passei, de seguida, para a componente histórica do filme que, neste caso, deriva da interpretação do, agora conhecido, Franck Miller, que participou na realização do filme.Depois de verificada essa componente, conclui que, era sem dúvida, a parte menos considerada no enredo.Isto é uma pena para quem, ao ter gostado tanto da história, desejasse que assim se tivesse passado...
De facto, na batalha de termópila, não havia apenas espartanos famintos de sangue e outros quantos aliados que não sabiam combater. Também os persas não eram aos milhões e lado grego contava com pelo menos, 7000 soldados aliados, sendo os de esparta à volta de 1000, no número mais provável.No máximo, os soldados de esparta sacrificaram-se, de facto, para bloquear os persas, enquanto os aliados se retiravam, para impedir o massacre, quando a batalha já estava perdida.Mais tarde, foi um general e estratego ateniense chamado Temístocles com a sua frota naval que derrotou pela primeira vez o exército persa e inverteu o decurso da guerra.
Mas, passando para casos mais sérios, em que o que o caso não é um filme de banda desenhada, existem uma série de deturpações históricas que se alastram e afectam até os portugueses.Como tal, eu irei deixar no próximo post, uma lista de recordações de dados e deturpações históricas em relação a Portugal(de acordo com os historiadores mais recentes) que deveriam ajudar a levantar este país, tal como os americanos fizeram com os seus westerns do sonho americano e que acompanharam o progresso dos estados unidos.
Quem quiser contribuir com mais revelações ou simplesmente confirmações da História, esteja à vontade.
Depois de ter visto, finalmente, esse filme que deu tanto que falar e depois de concluir que é um bom filme para entretenimento e estupefacção com efeitos estéticos e cenas de batalha, passei, de seguida, para a componente histórica do filme que, neste caso, deriva da interpretação do, agora conhecido, Franck Miller, que participou na realização do filme.Depois de verificada essa componente, conclui que, era sem dúvida, a parte menos considerada no enredo.Isto é uma pena para quem, ao ter gostado tanto da história, desejasse que assim se tivesse passado...
De facto, na batalha de termópila, não havia apenas espartanos famintos de sangue e outros quantos aliados que não sabiam combater. Também os persas não eram aos milhões e lado grego contava com pelo menos, 7000 soldados aliados, sendo os de esparta à volta de 1000, no número mais provável.No máximo, os soldados de esparta sacrificaram-se, de facto, para bloquear os persas, enquanto os aliados se retiravam, para impedir o massacre, quando a batalha já estava perdida.Mais tarde, foi um general e estratego ateniense chamado Temístocles com a sua frota naval que derrotou pela primeira vez o exército persa e inverteu o decurso da guerra.
Mas, passando para casos mais sérios, em que o que o caso não é um filme de banda desenhada, existem uma série de deturpações históricas que se alastram e afectam até os portugueses.Como tal, eu irei deixar no próximo post, uma lista de recordações de dados e deturpações históricas em relação a Portugal(de acordo com os historiadores mais recentes) que deveriam ajudar a levantar este país, tal como os americanos fizeram com os seus westerns do sonho americano e que acompanharam o progresso dos estados unidos.
Quem quiser contribuir com mais revelações ou simplesmente confirmações da História, esteja à vontade.
Sunday, April 22, 2007
Cínico vs Hipócrita
Ao analisarmos as várias atitudes perante a vida que se podem tomar, é possível verificar a existência de duas que embora pareçam ligadas, estão a meu ver, em confltio constante ao longo da História.São essas as duas que ponho no título deste post.
O conceito de cinismo é fundado na Grécia, por um discípulo de Sócrates(o filósofo,não o engenheiro), Antístenes. O cínicos gregos propunham a procura das conquistas interiores, em deterimento das exteriores.E propunham esta atitude, não por meio de discursos, mas através do seu modo de vida que era levado com poucas posses(apenas o necessário), não preocupados em demasia com a aparência e a saúde física, mas com as virtudes morais.O conceito de cinismo ganhou ao longo dos tempos uma conotação mais negativa, querendo também aplicar-se a pessoas que assumem uma postura um pouco satírica e ridicularizante da defesa dos valores da sociedade, não contribuindo para que estes sejam respeitados e até aproveitando-se desse desrespeito(o que deixa, apesar disso, em aberto, a possibilidade desse indivíduo manter guardada para si, alguma espécie de moral).
Já o conceito de hipocrisia, nasce por meio da constatação da existência de indivíduos que pregam certas crenças e ideais, não as praticando ou praticando mesmo o oposto.
Sendo discutíveis os conceitos de realidade, verdade, certo e errado, bem e mal...era inevitável o aparecimento de pessoas que adoptassem atitudes que levassem em conta essas subjectividades ou até mesmo, incoerências...
Posto isto temos duas visões cépticas perante os valores, uma exposta e outra encoberta:
Para o cínico, a superfície dos ideais(ou seja-aquilo que o ideal prega)é apenas folclore e não acreditando nessa superfície, deixa-se afundar nos eternos "porquês" que, embora ingénuos, são honestos.O hipócrita vive NA superfície dos ideais, salvando assim a sua consciência do conflito com o fundo das questões.O hipócrita é assim, mais prudente, pois consegue deste modo viver sem angústias morais nem dúvidas, sem nunca lidar consigo mesmo quando procede mal e sem nunca entender o que está por trás dos ideais que assume.
Ambos são descrentes no sentido da vida, mas o cínico assume a sua descrença primordial, não tendo medo de ir ao fundo dos ideais, pondo-os assim em causa e tentando buscar, com risco de se desiludir, uma motivação real para as suas acções.O hipócrita descarta-se desse confronto interior ao aceitar, sem hesitação, qualquer tipo de crença, e fazendo-a sua aliada, para que esta não se ponha no seu caminho rumo ao seu conforto e sensação de segurança.
No caso do cínico, o objectivo não é fazer amigos nem dar impressões populares ou agradáveis mas ser duro com a verdade, para que possa tratá-la o mais realisticamente que conseguir(um pouco ao estilo do Dr House).
No caso do hipócrita, o objectivo é gerência das impressões exteriores para não lidar com os factos(um pouco ao estilo de certos políticos ).
O cínico finge-se despreocupado , para que ele próprio possa chegar a si mesmo e aos outros, sem ajuda da sua fachada.Para que possa,sem se sentir forçado a isso, descobrir se existe algo digno de ser acreditado.
O hipócrita finge-se preocupado com os valores, para que possa beneficiar da sua fachada, não sofrendo com as implicações que envolveriam as suas crenças, se fossem reais.
Nesta crise e questionamento de valores em que vivemos, gostaria que o veredicto desta Guerra que identifico, beneficiasse os cínicos e estes fossem os Guerreiros do Futuro, e não os hipócritas , graças aos quais, certos valores são mal construídos e aprendidos ao longo da História.
O conceito de cinismo é fundado na Grécia, por um discípulo de Sócrates(o filósofo,não o engenheiro), Antístenes. O cínicos gregos propunham a procura das conquistas interiores, em deterimento das exteriores.E propunham esta atitude, não por meio de discursos, mas através do seu modo de vida que era levado com poucas posses(apenas o necessário), não preocupados em demasia com a aparência e a saúde física, mas com as virtudes morais.O conceito de cinismo ganhou ao longo dos tempos uma conotação mais negativa, querendo também aplicar-se a pessoas que assumem uma postura um pouco satírica e ridicularizante da defesa dos valores da sociedade, não contribuindo para que estes sejam respeitados e até aproveitando-se desse desrespeito(o que deixa, apesar disso, em aberto, a possibilidade desse indivíduo manter guardada para si, alguma espécie de moral).
Já o conceito de hipocrisia, nasce por meio da constatação da existência de indivíduos que pregam certas crenças e ideais, não as praticando ou praticando mesmo o oposto.
Sendo discutíveis os conceitos de realidade, verdade, certo e errado, bem e mal...era inevitável o aparecimento de pessoas que adoptassem atitudes que levassem em conta essas subjectividades ou até mesmo, incoerências...
Posto isto temos duas visões cépticas perante os valores, uma exposta e outra encoberta:
Para o cínico, a superfície dos ideais(ou seja-aquilo que o ideal prega)é apenas folclore e não acreditando nessa superfície, deixa-se afundar nos eternos "porquês" que, embora ingénuos, são honestos.O hipócrita vive NA superfície dos ideais, salvando assim a sua consciência do conflito com o fundo das questões.O hipócrita é assim, mais prudente, pois consegue deste modo viver sem angústias morais nem dúvidas, sem nunca lidar consigo mesmo quando procede mal e sem nunca entender o que está por trás dos ideais que assume.
Ambos são descrentes no sentido da vida, mas o cínico assume a sua descrença primordial, não tendo medo de ir ao fundo dos ideais, pondo-os assim em causa e tentando buscar, com risco de se desiludir, uma motivação real para as suas acções.O hipócrita descarta-se desse confronto interior ao aceitar, sem hesitação, qualquer tipo de crença, e fazendo-a sua aliada, para que esta não se ponha no seu caminho rumo ao seu conforto e sensação de segurança.
No caso do cínico, o objectivo não é fazer amigos nem dar impressões populares ou agradáveis mas ser duro com a verdade, para que possa tratá-la o mais realisticamente que conseguir(um pouco ao estilo do Dr House).
No caso do hipócrita, o objectivo é gerência das impressões exteriores para não lidar com os factos(um pouco ao estilo de certos políticos ).
O cínico finge-se despreocupado , para que ele próprio possa chegar a si mesmo e aos outros, sem ajuda da sua fachada.Para que possa,sem se sentir forçado a isso, descobrir se existe algo digno de ser acreditado.
O hipócrita finge-se preocupado com os valores, para que possa beneficiar da sua fachada, não sofrendo com as implicações que envolveriam as suas crenças, se fossem reais.
Nesta crise e questionamento de valores em que vivemos, gostaria que o veredicto desta Guerra que identifico, beneficiasse os cínicos e estes fossem os Guerreiros do Futuro, e não os hipócritas , graças aos quais, certos valores são mal construídos e aprendidos ao longo da História.
Sunday, April 15, 2007
República das bananas
Antes de mais e completamente a despropósito, o Nuno Gomes é estúpido...mas adiante, na última semana, tivemos a prazer de assistir à confirmação de que a república das bananas chama-se de facto, Portugal.A dedicação e competência com que os senhores jornalistas da televisão do serviço público e o engenheiro(lol) José Sócrates se entregaram ao apuramento dos factos relativos ao seu percurso académico, foi tão ridícula que acho que nem uma pessoa em Portugal levou tal assunto a sério,excepto alguns deputados que tentando salvar a imagem dos políticos portugueses em geral, deram um tom sério à suas declarações , afirmando que não ficou provado que tenha havido algum favorecimento(o que é , de facto, verdade).
Mas o mais grave em tudo isto é que um assunto que não parecia ter importância para a vida política e para o futuro de Portugal(por mim, Sócrates até podia ser varredor de ruas) ganhou importância quando o primeiro-ministro deixou que lhe empurrassem à parede, não lhe restando outra solução senão defender-se com unhas e dentes para provar a legitimidade do seu título de engenheiro (como se fosse com isso que o eleitorado português estivesse preocupado)cujo nem está reconhecido pela respectiva Ordem.
Ao insistir em defender-se e usar argumentos dúbios como mostrar um papel que confirma a sua obtenção de um MBA em resposta a uma reclamação dos jornalistas de uma confirmação de uma licenciatura legítima, que equivale a responder as horas, quando lhe perguntam o dia, Sócrates deixou mais acesa a hipótese de se ter embrulhado numa confusão por uma mera atitude de novo-riquismo pequeno-burguês de quem quer ter títulos e reconhecimento.
Se até o primeiro-ministro perdeu tempo com um assunto que tão pouco diz respeito ao futuro do país, que raio de motivações terão os vários deputados que se sentam no parlamento regularmente e muito se recusam a conciliar esforços e procurar soluções que unam a assembleia?Seria hipócrita justificarem-se no peso ideológico de cada partido, pois as ideias de cada partido assentam na sua necessidade de sobrevivência e não de coerência...
Bem sei que há muito mais vida além do parlamento.Mas será que o que se passa nesse local não é, no fundo, um confronto de ideias e soluções, mas sim, um confronto de egos?Cujo choque se manisfesta em divergências, aparecendo as justificações à posteriori?
Parece haver uma atitude pouco científica e distanciada de si mesmo, por parte do político português em geral e é essa fachada que ele tem de manter para gerir a sua impressão no público que faz dele alguém que potencialmente põe a eficiência em segundo lugar.(isto para não falar da única coisa que é certa em ser político-dá dinheiro). Contribuindo-se assim para que a definição mais aproximada de um político seja apenas a de alguém com poder sobre outros e sem mais requisitos necessários.Ou apenas, um "admnistrador público com interesses particulares".
Mas o mais grave em tudo isto é que um assunto que não parecia ter importância para a vida política e para o futuro de Portugal(por mim, Sócrates até podia ser varredor de ruas) ganhou importância quando o primeiro-ministro deixou que lhe empurrassem à parede, não lhe restando outra solução senão defender-se com unhas e dentes para provar a legitimidade do seu título de engenheiro (como se fosse com isso que o eleitorado português estivesse preocupado)cujo nem está reconhecido pela respectiva Ordem.
Ao insistir em defender-se e usar argumentos dúbios como mostrar um papel que confirma a sua obtenção de um MBA em resposta a uma reclamação dos jornalistas de uma confirmação de uma licenciatura legítima, que equivale a responder as horas, quando lhe perguntam o dia, Sócrates deixou mais acesa a hipótese de se ter embrulhado numa confusão por uma mera atitude de novo-riquismo pequeno-burguês de quem quer ter títulos e reconhecimento.
Se até o primeiro-ministro perdeu tempo com um assunto que tão pouco diz respeito ao futuro do país, que raio de motivações terão os vários deputados que se sentam no parlamento regularmente e muito se recusam a conciliar esforços e procurar soluções que unam a assembleia?Seria hipócrita justificarem-se no peso ideológico de cada partido, pois as ideias de cada partido assentam na sua necessidade de sobrevivência e não de coerência...
Bem sei que há muito mais vida além do parlamento.Mas será que o que se passa nesse local não é, no fundo, um confronto de ideias e soluções, mas sim, um confronto de egos?Cujo choque se manisfesta em divergências, aparecendo as justificações à posteriori?
Parece haver uma atitude pouco científica e distanciada de si mesmo, por parte do político português em geral e é essa fachada que ele tem de manter para gerir a sua impressão no público que faz dele alguém que potencialmente põe a eficiência em segundo lugar.(isto para não falar da única coisa que é certa em ser político-dá dinheiro). Contribuindo-se assim para que a definição mais aproximada de um político seja apenas a de alguém com poder sobre outros e sem mais requisitos necessários.Ou apenas, um "admnistrador público com interesses particulares".
Sunday, April 8, 2007
"Não julgueis para não serdes julgados" J.C.
Ao nascermos, penso que nasce connosco a noção daquilo que, como seres humanos, temos de direitos inquestionáveis. Como seres humanos, temos o direito á escolha, ao pensamento e á comunicação livre, á vida , etc... Penso que estas noções são intuitivas e pessoais, para cada prespectiva do mundo cada conjunto de direitos.
O sentimento de justiça, surge quando existe uma incoerencia entre aqueles que são os direitos que pensamos serem nossos, e a realidade. Daí as prespectivas de justiça numa mesma situação variarem.
A sociedade em que nos inserimos, define por si só, os direitos do indivíduo, independentemente de quais são aqueles que cada indivíduo intui serem os seus. Só existem dois sistemas que permitem a liberdade total de direitos intuitivos a um ser: a ditadura, no caso do seu ditador, e a anarquia.
Na sociedade em que eu me insiro, existem direitos que são definidos á priori, como direitos de cada um dos constituintes... Esses direitos (neste caso) teem como limite, os direitos dos outros constituintes. Portanto, não somos completamente livres (se o homicídio fôr o meu "hobbie" tou com azar...).
Para regular estes direitos, foi criada a Lei. A lei é uma racionalização das incoerencias entre os direitos que são intuitivos e aqueles que são impostos pela sociedade, com o objectivo de manter uma justiça própria da sociedade. Essa justiça trata apenas da preservação dos direitos de cada constituinte, aqueles impostos pela sociedade.
Como racionalização, a Lei não pode prever todas as situações, portanto, essas leis teem de se aplicar à realidade. Essa aplicação é feita num tribunal, onde cada individuo explica a sua prespectiva do acontecimento, e um Juiz é encarregado de decidir onde reside a justiça.
Ao ver a série Lei e Ordem, verifiquei uma inconsistencia: A fé na Lei é absurda! A Lei é uma criação humana baseada em pressupostos intuitivos, que variam de pessoa para pessoa. Ou seja é falível. Daí a existência de um Juiz. Mas estes Juizes (que necessitavam ser bastante mais divinos que humanos) não são mais do que estudantes e amantes da Lei! Não da Justiça!
Um juiz tem de verificar se a Justiça se aplica. Não se a Lei se aplica!
A Lei serve para regular, não para decidir!
Constantemente verifico a existencia de leis absurdas, mas essa realidade é prevista e normal... A lei é falível...
Ou seja: Lei não pode constrangir o Juiz. Ele deve ser todo poderoso.
O que cria um novo problema... Quem poderá ser juiz?...................
....................................................................................Ninguem.
Portanto até convencido do contrário, andarei de mota sem capacete.
O sentimento de justiça, surge quando existe uma incoerencia entre aqueles que são os direitos que pensamos serem nossos, e a realidade. Daí as prespectivas de justiça numa mesma situação variarem.
A sociedade em que nos inserimos, define por si só, os direitos do indivíduo, independentemente de quais são aqueles que cada indivíduo intui serem os seus. Só existem dois sistemas que permitem a liberdade total de direitos intuitivos a um ser: a ditadura, no caso do seu ditador, e a anarquia.
Na sociedade em que eu me insiro, existem direitos que são definidos á priori, como direitos de cada um dos constituintes... Esses direitos (neste caso) teem como limite, os direitos dos outros constituintes. Portanto, não somos completamente livres (se o homicídio fôr o meu "hobbie" tou com azar...).
Para regular estes direitos, foi criada a Lei. A lei é uma racionalização das incoerencias entre os direitos que são intuitivos e aqueles que são impostos pela sociedade, com o objectivo de manter uma justiça própria da sociedade. Essa justiça trata apenas da preservação dos direitos de cada constituinte, aqueles impostos pela sociedade.
Como racionalização, a Lei não pode prever todas as situações, portanto, essas leis teem de se aplicar à realidade. Essa aplicação é feita num tribunal, onde cada individuo explica a sua prespectiva do acontecimento, e um Juiz é encarregado de decidir onde reside a justiça.
Ao ver a série Lei e Ordem, verifiquei uma inconsistencia: A fé na Lei é absurda! A Lei é uma criação humana baseada em pressupostos intuitivos, que variam de pessoa para pessoa. Ou seja é falível. Daí a existência de um Juiz. Mas estes Juizes (que necessitavam ser bastante mais divinos que humanos) não são mais do que estudantes e amantes da Lei! Não da Justiça!
Um juiz tem de verificar se a Justiça se aplica. Não se a Lei se aplica!
A Lei serve para regular, não para decidir!
Constantemente verifico a existencia de leis absurdas, mas essa realidade é prevista e normal... A lei é falível...
Ou seja: Lei não pode constrangir o Juiz. Ele deve ser todo poderoso.
O que cria um novo problema... Quem poderá ser juiz?...................
....................................................................................Ninguem.
Portanto até convencido do contrário, andarei de mota sem capacete.
Saturday, March 31, 2007
Os meus medos.....
Espectadores.... Somos todos espectadores da história que se faz diante dos nossos olhos. Mas por muito que me esforçe não consigo parar de ter a impressão que conheço este argumento. Os actores não reconheço, mas aquilo que eles dizem é me estranhamente familiar. Há já algum tempo que reparo em sinais, em pequenas manifestações, descobertas, decepções... mas nada de importante, de relevante, de assustador. Aquilo que assusta é a suspeita, o "suspense", a hipótese provável de ser mais uma matiné da mesma história, repetida ciclicamente desde o começo do conceito de sociedade. A cada sinal, mais um ponto em comum, nada que cause terror.
Mas a hipótese de se virem a repetir os tempos de dificuldade, de injustiça, terror.... trazem esse mal-estar.
Um primeiro sinal, á coisa de 1 ano e meio, um suposto crime organizado, perpretado por minorias étnicas numa praia de moda. Coisa de escândalo, de nome mediático, "arrastão", mas a uma escala diferente, uma ilusão. Quem poderia iludir assim a opinião pública? mas mais importante do que quem, porquê? Se formos optimistas... um grupo isolado, uma percentagem pequena, ou então... um movimento em recrutamento...
Imediatamente surge uma face pública do velho vilão das histórias passadas, para manifestar-se no Marquês de Pombal contra os "diferentes"...
Estou a ficar farto deste filme, mas não consigo parar a cassete. As pessoa vêem aquilo que têm á frente, e não tentam aprender com as histórias que já conhecemos.... Somos perfeitos? Nem pensar nisso. Estamos bem? Podíamos estar muito melhor. É inútil trabalhar para isso? Não!
O problema é este nervoso miudinho... é esta hipótese. Poderíamos correr e fugir para onde quisessemos mas ela estaria sempre lá... A opinião pública a mudar, as pessoas a cederem à virtual maioria.
A pensarem? Sim, mas não sem antes cederem à tentação daquele sentimento de pertencerem aos "bons", e aceitarem as condições de adesão. Pensando naquilo que vêem e experimentam, e esquecendo a história que nos parece tão familiar. Não olhando para a justificação.
Por fim acalma-mo-nos, e pensamos, que disparate... é um punhado de rapazes que não pensaram bem no que disseram. E fechamos os olhos com força e fingimos que nunca se passou..... até voltar a acontecer.
Penso que está a acontecer....
Mas a hipótese de se virem a repetir os tempos de dificuldade, de injustiça, terror.... trazem esse mal-estar.
Um primeiro sinal, á coisa de 1 ano e meio, um suposto crime organizado, perpretado por minorias étnicas numa praia de moda. Coisa de escândalo, de nome mediático, "arrastão", mas a uma escala diferente, uma ilusão. Quem poderia iludir assim a opinião pública? mas mais importante do que quem, porquê? Se formos optimistas... um grupo isolado, uma percentagem pequena, ou então... um movimento em recrutamento...
Imediatamente surge uma face pública do velho vilão das histórias passadas, para manifestar-se no Marquês de Pombal contra os "diferentes"...
Estou a ficar farto deste filme, mas não consigo parar a cassete. As pessoa vêem aquilo que têm á frente, e não tentam aprender com as histórias que já conhecemos.... Somos perfeitos? Nem pensar nisso. Estamos bem? Podíamos estar muito melhor. É inútil trabalhar para isso? Não!
O problema é este nervoso miudinho... é esta hipótese. Poderíamos correr e fugir para onde quisessemos mas ela estaria sempre lá... A opinião pública a mudar, as pessoas a cederem à virtual maioria.
A pensarem? Sim, mas não sem antes cederem à tentação daquele sentimento de pertencerem aos "bons", e aceitarem as condições de adesão. Pensando naquilo que vêem e experimentam, e esquecendo a história que nos parece tão familiar. Não olhando para a justificação.
Por fim acalma-mo-nos, e pensamos, que disparate... é um punhado de rapazes que não pensaram bem no que disseram. E fechamos os olhos com força e fingimos que nunca se passou..... até voltar a acontecer.
Penso que está a acontecer....
Monday, March 26, 2007
Jesus Cristo não era masoquista
Para adicionar às citações de Siddharta, aqui ponho algumas citações atribuídas a Jesus Cristo:
"Com a Verdade vós os vencereis."
"Não julgueis para não serdes julgados. Pois com o julgamento com que julgais sereis julgados, e com a medida com que medis sereis medidos."
"Todos os que pegam a espada pela espada perecerão."
Nas duas primeiras citações vemos dois princípios que foram completamente seguidos ao contrário, pois a igreja ao usar o nome de Cristo apenas se concentrou em pôr toda a gente a decorar salmos como se fossem palavras mágico-catárticas, não se preocupando em ajudar as pessoas a não entrar num estado de infantilidade encravada que de forma alguma procura a Verdade, que é referida na primeira citação.Estou francamente de acordo como a lógica contida nesta frase, pois nos dias de hoje sabe-se o que está a vencer: a Ciência, que mostrou ser uma honesta e exigente busca da Verdade.
Já na segunda citação, ainda bem que que ninguém se esqueceu de ler esta passagem na bíblia, pois se alguém se tivesse esquecido de ler, não sei como teria sido a Santa Inquisição e as formas de educação que se baseavam em formas de julgamento e condenação por acusações morais.
O "Juízo Final" é apenas a ideia de que só quando todas as nossas acções estiverem somadas, se poderá tirar conclusões.Até lá mais vale é viver em vez de julgar, apenas.
Na terceira citação, não me parece estar lá escrito para se promover estupidamente a paz ao ponto de perdoar tudo e tentar alcançar todos os abjectivos por via de rezas e consolos.O que eu leio ali é "quem vai à guerra, dá e leva".
De facto, basta procurar outras passagens e ver que jesus cristo não promovia inércia, conformismo e desejos de paz expressos em lamúrias e cânticos.Ele queria acção:
“Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas a espada. Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra. Assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa.”
Isto é uma clara proposta de desapego às verdades instituídas.Uma proposta de recusar os vícios da sociedade e não aceitar a realidade como ela nos é apresentada, mas sim lutar por uma outra.Lutar por amor:
"Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos."
pelos amigos, pelos que não são do mesmo sangue ou socialmente vinculados.
A ideia de dar "a outra face" parece-me a mim aplicar-se a situações em que mais vale ser superior a conflitos inúteis e esperar que o outro se satisfaça e vá à sua vida(alguma ponta de cinismo nesta interpretação).
Para concluir e em comparação com Siddharta, julgo que o Buda era pacifista, mas Jesus Cristo não era e essa será a diferença essencial entre eles, para mim.Enquanto que o Buda busca a felicidade por via da meditação e reflexão, Jesus Cristo é mais enérgico e revoltado (tal não terá sido o arraial de pancada que deu aos vendedores de ídolos no templo, acordou mal disposto...) para com os vícios e injustiças da sociedade.Ele bem pede para olharem "os lírios do campo" e ver na natureza tudo aquilo que precisamos e que nos conforta, em vez de ficarmos presos à artificialidade da sociedade que nos põe todos uns contra os outros.
Ao se olhar para a instituição da Igreja Católica e se verificar a sua necessidade de controlar as pessoas, concluímos logo que um batalhador, impulsivo, por vezes incoerente,quase anarquista, militante da vida e do amor pela natureza e pelas pessoas e sem qualquer projecto de sistema político para monopolizar a vida de todos, nunca poderia ser uma boa referência.Melhor seria um inocente e masoquista impulsionador da obediência e da ordem e que "voluntariamente" deu a vida por todos nós para nos mostrar o quanto de nós gostava...
Para que todos tivéssemos medo de tentar o mesmo que ele.Todos tivéssemos medo de acreditar que ele não queria ser crucificado, queria viver e ser feliz, sendo pura e simplesmente assassinado por pôr em risco a ordem política.
E assim foram, ao longo da História, as repetições de crucificações a quem quer que procurasse a verdade ou pensar diferentemente do instituido.Para que a igreja deixasse claro que esta seria a consequência para todos, portanto seria melhor que esperássemos eternamente o salvador...mas se Ele aparecer mesmo...salvem-se os padres!!
"Com a Verdade vós os vencereis."
"Não julgueis para não serdes julgados. Pois com o julgamento com que julgais sereis julgados, e com a medida com que medis sereis medidos."
"Todos os que pegam a espada pela espada perecerão."
Nas duas primeiras citações vemos dois princípios que foram completamente seguidos ao contrário, pois a igreja ao usar o nome de Cristo apenas se concentrou em pôr toda a gente a decorar salmos como se fossem palavras mágico-catárticas, não se preocupando em ajudar as pessoas a não entrar num estado de infantilidade encravada que de forma alguma procura a Verdade, que é referida na primeira citação.Estou francamente de acordo como a lógica contida nesta frase, pois nos dias de hoje sabe-se o que está a vencer: a Ciência, que mostrou ser uma honesta e exigente busca da Verdade.
Já na segunda citação, ainda bem que que ninguém se esqueceu de ler esta passagem na bíblia, pois se alguém se tivesse esquecido de ler, não sei como teria sido a Santa Inquisição e as formas de educação que se baseavam em formas de julgamento e condenação por acusações morais.
O "Juízo Final" é apenas a ideia de que só quando todas as nossas acções estiverem somadas, se poderá tirar conclusões.Até lá mais vale é viver em vez de julgar, apenas.
Na terceira citação, não me parece estar lá escrito para se promover estupidamente a paz ao ponto de perdoar tudo e tentar alcançar todos os abjectivos por via de rezas e consolos.O que eu leio ali é "quem vai à guerra, dá e leva".
De facto, basta procurar outras passagens e ver que jesus cristo não promovia inércia, conformismo e desejos de paz expressos em lamúrias e cânticos.Ele queria acção:
“Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas a espada. Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra. Assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa.”
Isto é uma clara proposta de desapego às verdades instituídas.Uma proposta de recusar os vícios da sociedade e não aceitar a realidade como ela nos é apresentada, mas sim lutar por uma outra.Lutar por amor:
"Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos."
pelos amigos, pelos que não são do mesmo sangue ou socialmente vinculados.
A ideia de dar "a outra face" parece-me a mim aplicar-se a situações em que mais vale ser superior a conflitos inúteis e esperar que o outro se satisfaça e vá à sua vida(alguma ponta de cinismo nesta interpretação).
Para concluir e em comparação com Siddharta, julgo que o Buda era pacifista, mas Jesus Cristo não era e essa será a diferença essencial entre eles, para mim.Enquanto que o Buda busca a felicidade por via da meditação e reflexão, Jesus Cristo é mais enérgico e revoltado (tal não terá sido o arraial de pancada que deu aos vendedores de ídolos no templo, acordou mal disposto...) para com os vícios e injustiças da sociedade.Ele bem pede para olharem "os lírios do campo" e ver na natureza tudo aquilo que precisamos e que nos conforta, em vez de ficarmos presos à artificialidade da sociedade que nos põe todos uns contra os outros.
Ao se olhar para a instituição da Igreja Católica e se verificar a sua necessidade de controlar as pessoas, concluímos logo que um batalhador, impulsivo, por vezes incoerente,quase anarquista, militante da vida e do amor pela natureza e pelas pessoas e sem qualquer projecto de sistema político para monopolizar a vida de todos, nunca poderia ser uma boa referência.Melhor seria um inocente e masoquista impulsionador da obediência e da ordem e que "voluntariamente" deu a vida por todos nós para nos mostrar o quanto de nós gostava...
Para que todos tivéssemos medo de tentar o mesmo que ele.Todos tivéssemos medo de acreditar que ele não queria ser crucificado, queria viver e ser feliz, sendo pura e simplesmente assassinado por pôr em risco a ordem política.
E assim foram, ao longo da História, as repetições de crucificações a quem quer que procurasse a verdade ou pensar diferentemente do instituido.Para que a igreja deixasse claro que esta seria a consequência para todos, portanto seria melhor que esperássemos eternamente o salvador...mas se Ele aparecer mesmo...salvem-se os padres!!
Friday, March 23, 2007
Citações do Buda Siddharta Gautama
Ouvi dizer que o Budismo está muito na moda.Depois de ver estas citações, não parece:
"Se o desejo, que se aloja na raiz de toda a paixão humana, puder ser removido, aí então, morrerá esta paixão e desaparecerá, consequentemente, todo o sofrimento humano."
"O ódio nunca desaparece, enquanto pensamentos de mágoas forem alimentados na mente. Ele desaparece, assim que esses pensamentos de mágoa forem esquecidos."
"Tudo o que nasceu vai morrer, tudo o que foi reunido será espalhado, tudo o que foi acumulado terá fim, tudo o que foi construído será derrubado, e o que esteve nas alturas será rebaixado".
"Não acreditem em nada só porque lhes foi dito. Não acreditem na tradição apenas porque foi passada de geração em geração. Não acreditem em nada só porque está escrito nos seus livros sagrados. Não acreditem em nada apenas por respeito à autoridade de seus mestres. Mas em qualquer coisa que, depois do devido exame e análise, vocês vejam que leva ao bem, ao benefício e ao bem-estar de todos os seres."
"O homem que busca a fama, a riqueza e casos amorosos é como uma criança que lambe o mel na lâmina de uma faca..."
"Um homem será tolo se alimentar desejos pelos privilégios, promoção, lucros ou pela honra, pois tais desejos nunca trazem felicidade, pelo contrário, apenas trazem sofrimentos."
"Não vivas no passado, não sonhes com o futuro, concentra a mente no momento presente."
"Viver apenas um dia e ouvir um bom ensinamento é melhor do que viver um século sem conhecer tal ensinamento."
"O leite fresco demora em coalhar; assim, os maus atos nem sempre trazem resultados imediatos. Esses atos são como brasas ocultas nas cinzas e que, latentes, continuam a arder até causar grandes labaredas."
"A nossa existência é transitória como as nuvens de outono. Observar o nascimento e a morte dos seres é como olhar os momentos da dança. A duração da vida é como o brilho de um relâmpago no céu, tal como uma torrente que se precipita montanha abaixo."
"Dominar-se a si próprio é uma vitória maior do que vencer a milhares numa batalha."
"Não lastimes aos outros o que te causa dor somente a ti."
"Começamos a morrer no momento em que nascemos."
"As boas e más acções que um homem pratica, persegui-lo-ão para sempre como sombras."
Embora eu não seja budista e não seja adepto de outras facetas dessa religião para além das mostradas nestas citações, como a crença no estado iluminado ou na vida eterna resultante de uma prática do bem, penso que se analisarmos estas frases verificamos que o que se passa nos dias de hoje não é uma real extinção do espírito religioso, mas sim uma nova religião chamada capitalismo, egoísmo ou futilismo em que os valores são justamente os opostos aos anteriores mas continuam a manter a caracteristica das religiões anteriores que consistem em prender as pessoas em vez de as libertar.
Agora esta nova religião é apenas uma inversão dessa prisão.Antes prendia-se o indivíduo à preocupação com os outros e com o que ele podia dar.Agora prende-se o indivíduo à preocupação consigo próprio e com aquilo que ele pode ganhar.
Não sou religioso mas mesmo assim parece-me que, devido à fé ser algo duro de se manter, a perda do espírito religioso numa pessoa ou da sua crença em algo muitas vezes não provém de uma iluminação vitoriosa mas apenas de uma desistência...
Mas já este Buda dizia:
"É melhor acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão."
Portanto aqui fica a hipótese de que aquilo que está por trás de cada religião(que acabou por ser usada para o controlo de massas) e lhe deu origem pode conter grandes e importantes verdades, tão difíceis de digerir que tiveram de ser adaptadas ao longo da História.
"Se o desejo, que se aloja na raiz de toda a paixão humana, puder ser removido, aí então, morrerá esta paixão e desaparecerá, consequentemente, todo o sofrimento humano."
"O ódio nunca desaparece, enquanto pensamentos de mágoas forem alimentados na mente. Ele desaparece, assim que esses pensamentos de mágoa forem esquecidos."
"Tudo o que nasceu vai morrer, tudo o que foi reunido será espalhado, tudo o que foi acumulado terá fim, tudo o que foi construído será derrubado, e o que esteve nas alturas será rebaixado".
"Não acreditem em nada só porque lhes foi dito. Não acreditem na tradição apenas porque foi passada de geração em geração. Não acreditem em nada só porque está escrito nos seus livros sagrados. Não acreditem em nada apenas por respeito à autoridade de seus mestres. Mas em qualquer coisa que, depois do devido exame e análise, vocês vejam que leva ao bem, ao benefício e ao bem-estar de todos os seres."
"O homem que busca a fama, a riqueza e casos amorosos é como uma criança que lambe o mel na lâmina de uma faca..."
"Um homem será tolo se alimentar desejos pelos privilégios, promoção, lucros ou pela honra, pois tais desejos nunca trazem felicidade, pelo contrário, apenas trazem sofrimentos."
"Não vivas no passado, não sonhes com o futuro, concentra a mente no momento presente."
"Viver apenas um dia e ouvir um bom ensinamento é melhor do que viver um século sem conhecer tal ensinamento."
"O leite fresco demora em coalhar; assim, os maus atos nem sempre trazem resultados imediatos. Esses atos são como brasas ocultas nas cinzas e que, latentes, continuam a arder até causar grandes labaredas."
"A nossa existência é transitória como as nuvens de outono. Observar o nascimento e a morte dos seres é como olhar os momentos da dança. A duração da vida é como o brilho de um relâmpago no céu, tal como uma torrente que se precipita montanha abaixo."
"Dominar-se a si próprio é uma vitória maior do que vencer a milhares numa batalha."
"Não lastimes aos outros o que te causa dor somente a ti."
"Começamos a morrer no momento em que nascemos."
"As boas e más acções que um homem pratica, persegui-lo-ão para sempre como sombras."
Embora eu não seja budista e não seja adepto de outras facetas dessa religião para além das mostradas nestas citações, como a crença no estado iluminado ou na vida eterna resultante de uma prática do bem, penso que se analisarmos estas frases verificamos que o que se passa nos dias de hoje não é uma real extinção do espírito religioso, mas sim uma nova religião chamada capitalismo, egoísmo ou futilismo em que os valores são justamente os opostos aos anteriores mas continuam a manter a caracteristica das religiões anteriores que consistem em prender as pessoas em vez de as libertar.
Agora esta nova religião é apenas uma inversão dessa prisão.Antes prendia-se o indivíduo à preocupação com os outros e com o que ele podia dar.Agora prende-se o indivíduo à preocupação consigo próprio e com aquilo que ele pode ganhar.
Não sou religioso mas mesmo assim parece-me que, devido à fé ser algo duro de se manter, a perda do espírito religioso numa pessoa ou da sua crença em algo muitas vezes não provém de uma iluminação vitoriosa mas apenas de uma desistência...
Mas já este Buda dizia:
"É melhor acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão."
Portanto aqui fica a hipótese de que aquilo que está por trás de cada religião(que acabou por ser usada para o controlo de massas) e lhe deu origem pode conter grandes e importantes verdades, tão difíceis de digerir que tiveram de ser adaptadas ao longo da História.
Monday, March 12, 2007
Medo da superação=Medo do Futuro=Medo da Solidão
Ao passear por vários blogs que não interessa nomear, verifiquei um padrão interessante na forma de expressão e debate de ideias, presente em todos os blogs.Essas ideias consistiam na identificação de falhas e problemas na sociedade e política ou meramente comentários efémeros, traduzíveis por "boa tarde.como tem passado?".Mas no caso dos posts críticos, nenhum deles apontava para uma solução.Não era possível vislumbrar uma luz.Só restava ao leitor(eu, neste caso) três hipóteses: 1-afundar-se nas suas próprias lágrimas de depressão, 2-nadar na exibição da individualidade do escritor ou 3-subir ao barco e ir embora.
Em todos eles existia apenas um desabafo muito elaborado, mas nem por isso, claro em ordem de ideias.
Não querendo assumir-me mais esclarecido(pois também passo pelos mesmos erros) nem armar-me em psicólogo social, avancei contudo, com uma possível interpretação psicanalítica: a todos os bloguistas que me refiro, parecia ser comum um "medo da mudança" efectiva e não apenas, aparente. Como se tivessem criado um apego aos problemas que mencionavam (ou mesmo dependência afectiva)e ao falar deles, não procurassem, de facto, saídas mas apenas, corredores circulares onde pudessem vaguear e encontrar de novo os seus velhos amigos com os quais se poderão embrulhar noutros termos que foram aprendendo.
Corredores esses, onde certas pessoas poderão, sempre que quiserem, viajar(a bordo de tàxis de lisboa, onde o condutor informa que "isto está tudo lixado") e cruzar-se novamente com as velhas questões por resolver que, apesar de tudo,se tornaram parte da sua vida e sem as quais, sentem um vazio, ficando no ar a suspeita que depois de resolvidas, nada mais haveria para divagar e isso não pode acontecer.
O melhor exemplo deste processo é o descrito no post "a vítima habituada" onde "hàbito" é sem dúvida, a palavra chave.Parece haver um certo prazer escondido em manter questões por resolver, para poder continuar à deriva nelas, demonstrando-se isto, por exemplo, em alguém que diz:"os políticos são todos uns corruptos" e não pensa numa forma de superar esse facto ou sequer, mais maquiavelicamente, usar essa tendência em seu favor.
Penso que esta maneira de ser deve-se a um medo que, embora encoberto, funciona.Eu posso até ser uma vítima dele, sem saber...esse medo de que falo é o de nos imaginarmos num mundo diferente do nosso.Diferente daquele que aconteceu.O medo de um mundo com o qual ainda não estabelecemos nenhuma ligação afectiva e do qual ainda não temos memórias para nos apegarmos. Medo de um mundo que perdesse muita coisa do mal que nos unia e nos obrigava a confortarmo-nos diáriamente em desabafos dos quais começámos a gostar e a não nos imaginarmos sem eles.Um medo que reprime o desejo de liberdade do passado, pois o futuro, estando sempre em construção, não existe e portanto, nada nem ninguém nos garante que, arranjando uma forma mais eficiente de ultrapassar problemas, não se iria ficar sem assuntos que nos ligassem.Arriscamo-nos a querer apenas orientarmo-nos e definir direcções nas ruas e nos mapas e nunca, na nossa mente.
É, realmente, preciso força e coragem para nos abtstrairmos do mundo em que vivemos(objectivamente e não substituindo por fantasias) e tentar imaginar uma saída real dos problemas actuais, fìsicos e metafìsicos, sabendo que com isso poderemos encontrar uma despedida amargurada da realidade na qual a nossa vida se construiu e deu significado aos nossos sentimentos.
É preciso enfrentar a solidão e o medo de cortar ligações devido a ter encontrado um caminho que não vai de encontro aos hábitos e apegos das relações familiares e sociais, pois não devemos achar que o verdadeiro amor ou amizade se esvai por alterarmos as condições e circunstâncias da nossa vida.
Em todos eles existia apenas um desabafo muito elaborado, mas nem por isso, claro em ordem de ideias.
Não querendo assumir-me mais esclarecido(pois também passo pelos mesmos erros) nem armar-me em psicólogo social, avancei contudo, com uma possível interpretação psicanalítica: a todos os bloguistas que me refiro, parecia ser comum um "medo da mudança" efectiva e não apenas, aparente. Como se tivessem criado um apego aos problemas que mencionavam (ou mesmo dependência afectiva)e ao falar deles, não procurassem, de facto, saídas mas apenas, corredores circulares onde pudessem vaguear e encontrar de novo os seus velhos amigos com os quais se poderão embrulhar noutros termos que foram aprendendo.
Corredores esses, onde certas pessoas poderão, sempre que quiserem, viajar(a bordo de tàxis de lisboa, onde o condutor informa que "isto está tudo lixado") e cruzar-se novamente com as velhas questões por resolver que, apesar de tudo,se tornaram parte da sua vida e sem as quais, sentem um vazio, ficando no ar a suspeita que depois de resolvidas, nada mais haveria para divagar e isso não pode acontecer.
O melhor exemplo deste processo é o descrito no post "a vítima habituada" onde "hàbito" é sem dúvida, a palavra chave.Parece haver um certo prazer escondido em manter questões por resolver, para poder continuar à deriva nelas, demonstrando-se isto, por exemplo, em alguém que diz:"os políticos são todos uns corruptos" e não pensa numa forma de superar esse facto ou sequer, mais maquiavelicamente, usar essa tendência em seu favor.
Penso que esta maneira de ser deve-se a um medo que, embora encoberto, funciona.Eu posso até ser uma vítima dele, sem saber...esse medo de que falo é o de nos imaginarmos num mundo diferente do nosso.Diferente daquele que aconteceu.O medo de um mundo com o qual ainda não estabelecemos nenhuma ligação afectiva e do qual ainda não temos memórias para nos apegarmos. Medo de um mundo que perdesse muita coisa do mal que nos unia e nos obrigava a confortarmo-nos diáriamente em desabafos dos quais começámos a gostar e a não nos imaginarmos sem eles.Um medo que reprime o desejo de liberdade do passado, pois o futuro, estando sempre em construção, não existe e portanto, nada nem ninguém nos garante que, arranjando uma forma mais eficiente de ultrapassar problemas, não se iria ficar sem assuntos que nos ligassem.Arriscamo-nos a querer apenas orientarmo-nos e definir direcções nas ruas e nos mapas e nunca, na nossa mente.
É, realmente, preciso força e coragem para nos abtstrairmos do mundo em que vivemos(objectivamente e não substituindo por fantasias) e tentar imaginar uma saída real dos problemas actuais, fìsicos e metafìsicos, sabendo que com isso poderemos encontrar uma despedida amargurada da realidade na qual a nossa vida se construiu e deu significado aos nossos sentimentos.
É preciso enfrentar a solidão e o medo de cortar ligações devido a ter encontrado um caminho que não vai de encontro aos hábitos e apegos das relações familiares e sociais, pois não devemos achar que o verdadeiro amor ou amizade se esvai por alterarmos as condições e circunstâncias da nossa vida.
Sunday, March 4, 2007
Sexo e Violência
Todos nós somos violentos, uns mais, outros menos.Todos desejamos sexo, uns mais, outros menos.Todos ansiamos por conflito e competição, uns mais, outros menos.Depois, há também a medida em que o aceitamos ou não.
Existem algumas conversas de protocolo em que se usa a premissa "hojes os filmes usam muito o sexo e a violência" admitindo à partida que isso é mau e não se questionando mais acerca desse assunto.Mas na verdade, acho que é um erro considerar que tal premissa acusa algum perigo real, necessário e inquestionável à mente das pessoas, porque não foi preciso haver filmes de guerra ou filmes pornográficos para que na História se cometessem atrocidadades e orgias.Muitas vezes, pelo contrário, a repressão de certos assuntos, como a necessidade de sexo e de violência, provocou catástrofes,pois levou a que certas pessoas,ao se sentirem atingidas por certos impulsos(que a sua educação e consciência não aprovavam) entrassem em pânico e não soubessem gerir as suas emoções.Dizer que o ser humano não tem, naturalmente, impulsos violentos é retirar mais de metade da História conhecida da Humanidade e, simultaneamente, acreditar no pai natal.
Acho que se deve evitar partir para a discussão, tendo já uma crença que o ser humano é bom ou a desconfiança que é mau.Acho que é mais rentável tentar, pura e simplesmente, descobrir como ele é e aceitá-lo, para melhor gerir e lidar com isso.
Quero dizer com isto que todos precisamos de expandir o corpo e a mente.Não sendo isso bom nem mau, mas sim uma necessidade apenas(da qual se pode ou não, obter prazer), assim como ir à casa-de-banho evacuar não é um assunto que se discuta muito em termos de ser bom ou mau, mas apenas em termos de precisar de ser feito.
Depois, existem aplicações que se podem fazer dessa necessidade de expansão, com as quais os pais de cada um lidam.A meu ver, existem duas formas de abordagem desse assunto:
1-tentar conhecer o seu filho e as suas vontades e não o forçar a mudar
2-definir à partida o que é melhor para ele e ganhar esperanças em relação a isso
Obviamente, defendo a primeira, com os devidos limites, pois há coisas que os pais têm de definir para os filhos sem lhes perguntar e também haverá sempre coisas nesses filhos que os pais não devem sentir-se obrigados a aceitar.
Acho que o mais importante é não construir um mundo de falsas esperanças e objectivos deturpados e anti-naturais na cabeça das crianças, para mais tarde essas mesmas, ao crescerem e se começarem a desiludir com o fim dos contos-de-fadas, não reajam por ressabiamento, ficando ás vezes, com mais necessidade de sexo e violência do que naturalmente, já tinham.
Existem algumas conversas de protocolo em que se usa a premissa "hojes os filmes usam muito o sexo e a violência" admitindo à partida que isso é mau e não se questionando mais acerca desse assunto.Mas na verdade, acho que é um erro considerar que tal premissa acusa algum perigo real, necessário e inquestionável à mente das pessoas, porque não foi preciso haver filmes de guerra ou filmes pornográficos para que na História se cometessem atrocidadades e orgias.Muitas vezes, pelo contrário, a repressão de certos assuntos, como a necessidade de sexo e de violência, provocou catástrofes,pois levou a que certas pessoas,ao se sentirem atingidas por certos impulsos(que a sua educação e consciência não aprovavam) entrassem em pânico e não soubessem gerir as suas emoções.Dizer que o ser humano não tem, naturalmente, impulsos violentos é retirar mais de metade da História conhecida da Humanidade e, simultaneamente, acreditar no pai natal.
Acho que se deve evitar partir para a discussão, tendo já uma crença que o ser humano é bom ou a desconfiança que é mau.Acho que é mais rentável tentar, pura e simplesmente, descobrir como ele é e aceitá-lo, para melhor gerir e lidar com isso.
Quero dizer com isto que todos precisamos de expandir o corpo e a mente.Não sendo isso bom nem mau, mas sim uma necessidade apenas(da qual se pode ou não, obter prazer), assim como ir à casa-de-banho evacuar não é um assunto que se discuta muito em termos de ser bom ou mau, mas apenas em termos de precisar de ser feito.
Depois, existem aplicações que se podem fazer dessa necessidade de expansão, com as quais os pais de cada um lidam.A meu ver, existem duas formas de abordagem desse assunto:
1-tentar conhecer o seu filho e as suas vontades e não o forçar a mudar
2-definir à partida o que é melhor para ele e ganhar esperanças em relação a isso
Obviamente, defendo a primeira, com os devidos limites, pois há coisas que os pais têm de definir para os filhos sem lhes perguntar e também haverá sempre coisas nesses filhos que os pais não devem sentir-se obrigados a aceitar.
Acho que o mais importante é não construir um mundo de falsas esperanças e objectivos deturpados e anti-naturais na cabeça das crianças, para mais tarde essas mesmas, ao crescerem e se começarem a desiludir com o fim dos contos-de-fadas, não reajam por ressabiamento, ficando ás vezes, com mais necessidade de sexo e violência do que naturalmente, já tinham.
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