Sunday, January 28, 2007

E agora algumas citações sobre mulheres e assuntos afins...

E por falar em palavras indifiníveis que apenas trazem significado emotivo, Mulher....

Por William Shakespeare:

"Quase sempre as mulheres fingem desprezar o que mais vivamente desejam"
"A beleza persuade os olhos do homem por si mesma, sem necesitar de um orador"

"A mulher que não sabe pôr as culpas no marido por suas próprias faltas, não deve amamentar o filho, na certeza de criar um palerma."
"É comum que a mulher se descontente com o que mais aprecia.Não desanimemos por isso, o desdém de hoje é prenúncio de um amor mais forte."
"Se os maridos das esposas infiéis desesperassem, enforcar-se-ia a décima parte da humanidade."
"Pobre é o amor que pode ser contado"
"As queixas venenosas de uma mulher ciumenta são de efeito mais nocivo que uma dentada de um cão raivoso."

Por Friederich Nietzche:

"Os homens trataram até agora as mulheres como pássaros que, vindos das alturas, perderam-se e vieram refugira-se ao pé deles.Enfim, como algo mais delicado, mais vulnerável, mais selvagem, mais esquisito, mais doce, com mais alma.mas algo que se deve engaiolar, para que não fuja."
"O homem quer a mulher tranquila- mas a mulher é essencialmente intranquila, por mais que tenha aprendido a dar-se uma aparência de paz."

"Na vingança e no amor, a mulher é mais bárbara que o homem."
"O que se faz por amor sempre acontece além do bem e do mal."
"Tema o homem a mulher, quando a mulher odeia:porque, no fundo, o homem é simplesmente mau, enquanto que a mulher é preversa."
"Não é melhor cair nas mãos de um assassino do que nos sonhos de uma mulher com cio?"
"Frequentas as mulheres?Não te esqueças do açoite."-
loooooooooooool, hardcore...
"Mas mesmo o mais astuto arranja a sua mulher ás cegas."
"A felicidade é mulher"
"A mulher é o repouso do guerreiro"
"A mulher foi o segundo erro de deus"
-em ordem e gravidade...
"Quanto mais inteligente a mulher, tanto mais se afasta o homem."
"Os mesmos sentimentos na mulher e no homem encontram-se desencontrados no tempo."

Por Oscar Wilde:

"Um homem tem a idade da mulher que ele ama."
"Desconfia da mulher que confessa a verdadeira idade.Pois nesse caso, ela é capaz de dizer qualquer coisa."
"O maior castigo que o destino aplica ao homem é ver a sua mulher acabar parecida com a sua sogra."
"Os homens casam por que estão cansados.As mulheres, por curiosidade.Ambos se desiludem."
"A mulher casa pela segunda vez porque detestava o anterior marido, ao passo que o homem só o fará se adorasse a anterior mulher."

Outros:

"Para Adão, o paraíso era onde estava Eva."-Mark Twain
"O casamento é uma excelente instituição.Se tu gostares de viver numa instituição..."-Groucho Marx
"Um bom casamento exige que o homem seja surdo e a mulher cega."-Sócrates
"Arranja uma mulher e casa.Senão, tornar-te-ás num filósofo."-Sócrates
"As mulheres precisam de uma razão para fazer sexo.Os homens, apenas de um lugar."-Billy Cristal
"Só há um meio seguro para abandonar uma mulher.É ser abandonado por ela."-Étienne Rey
"O que é que as mulheres querem?"-Sigmund Freud
"respostas como "quero ser feliz" ou "quero ser amada" só confirmam que não sabem a resposta, a não ser que substituam esses termos por "dinheiro", aí já temos algo de concrecto...-garibaldov, autor do post, lol
"Comecei a beber por causa de uma mulher e nunca tive oportunidade de lhe agradecer."-anónimo
"Alguns homens amam tanto as suas mulheres que, para não as gastarem, preferem usar as dos outros."-anónimo
"As mulheres entregam-se a Deus, quando o Diabo já não quer nada com elas."-Sophie Arnold
"A lingua é a última coisa que morre numa mulher."-Hipócrates
"O melhor marido é o arqueólogo.Quanto mais velha é a mulher, maior é o interesse."-Agatha Christie
"Presume-se que a mulher deva esperar imóvel, até ser cortejada.Mais ou menos como a aranha espera a mosca."-George Bernard Shaw

Monday, January 22, 2007

A Vítima Habituada

A vítima habituada não se julga vítima, ela aceita a realidade agressora e reage com conformismo á situação. É um problema complexo, especialmente porque o agressor tambem é habituado, e passa a não ser agressor, por acção (ou falta dela) da vítima, o que cria uma situação cuja solução tem de ser radical.
Reparo que a nossa sociedade, cada vez mais, se torna vítima habituada de vários males. Mas um deles atinge-me particularmente.
Todos nós aceitamos que a política seja um meio desonesto. Pois conformamo-nos com essa situação, e aceitamos essa realidade. Mas não faz sentido que assim seja. Conformamo-nos com uma realidade absurda.
Verifica-se, na minha opinião, um fenómeno entristecedor: em todos os debates de natureza política, os intervenientes não argumentam a favor da resolução do problema mas sim, em favor do seu lado da discussão. O que elimina a existencia de discussão. São demagogos.
Demagia são tácticas políticas para manipular um grupo de pessoas a chegar a uma conclusão. Quer esta solução seja correcta quer não. Ora, eu não duvido que cada político pense que a sua solução é a melhor. Mas em vez de argumentar lógicamente para a demonstração disso mesmo, procedem a uma tentativa de manipulação do povo. Escolhem meias verdades, falsos argumentos e tentativas de manipulação, a deixar a razão falar por si própria, pois não é esse o seu objectivo: estar correcto; o seu objectivo é GANHAR.
Verifica -se desde as campanhas a favor e contra a despenalização da interrupção voluntária da gravidez até ao próprio discurso político de cada partido. O objectivo é vencer, não melhorar. Qual a razão de, até hoje, nunca ter visto um político aceitar um argumento opositor? Pois o objectivo é vencer. Refuta-se tudo, vale tudo, diz-se tudo.
Mas o povo não se ofende, o povo não se revolta, o povo não grita, não pula, não se sente ofendido! Aceita. Conforma-se...
No entanto os políticos não são os responsáveis. Eles apenas chegaram á conclusão que é assim que se consegue chegar onde eles querem chegar, pois o povo assim o permitiu.
Os responsáveis pela situação são quem permitiu que alguém que é desonesto mantenha a sua credibilidade. Mas o dano está feito. Reconheço que a solução não é nem fácil nem óbvia. Mas duma coisa tenho a certeza, não nos podemos esquecer do significado das coisas, e nunca devemos deixar que a nossa percepcão da realidade se torne "habituada".
É um ultraje! E não nos podemos esquecer disso.

Friday, January 19, 2007

Palavra e Liberdade

Existe Liberdade nas Palavras?E podem existir Palavras em Liberdade?


Ainda na calha do post "Iluminismo e Anarquia", a questão da liberdade foi tida como vaga e se calhar em várias vertentes, fútil e sobrevalorizada, ao que eu admito ter falado dela como se algo de imprescindível se tratasse.
Isso está relacionado, sem dúvida, à componente emotiva que ficou de outros tempos em que a luta por ela significou algo de concrecto.
Deparamo-nos com o problema das ideias universais que os nominalistas na idade média resolveram na forma: "todas as palavras que nos são comuns são apenas sons, não vale a pena agarrarmo-nos elas, como se traduzissem algo real" opinião que faz o seu sentido, a meu ver, não implicando isso que ache que se deva ficar por aí.Acho que podemos caminhar para o conceitualismo, que vê as ideias universais como construções na nossa mente, aproximadas da realidade e que consiste noutra solução para a questão "afinal, que raio têm as palavras a ver com a realidade?"
Muita gente prefere pensar que "as palavras têm o sentido que lhes quiseres dar".Eu acho que isso só acontece porque as pessoas não são bem ensinadas, nem existe preocupação suficiente em esclarecer o verdadeiro significado dos conceitos e palavras nem a possível razão da sua existência.As palavras são-nos apresentadas sem a mínima preocupação em justificar porquê, ao que durante a vida nos vamos agarrando a elas, dando-lhes significados fortemente emotivos que derivam da nossa experiência individual ou partilhada com os nossos amigos.
Ao nos confrontarmos com outra pessoa numa discussão corremos a risco de interpretar mal certas coisas que são ditas por ela, não porque a intenção dela era má mas porque estamos habituados a usar outras palavras para exprimir o que estamos a ouvir.Cada um tem a sua tendência e tecnicismo próprio para usar certo tipo de termos, o que pode provocar desentendimentos, mesmo que todos queiram dizer o mesmo.No português, este facto chega a ser desesperante, chegando ao ponto de um interveniente numa conversa interromper toda a gente para repetir o que foi dito mas numa forma que é mais agradável ao seu ouvido.
É um facto que a língua portuguesa e as demais derivadas do latim são línguas complexas, mas usemos essa complexidade ou mesmo ambiguidade(principalmente ambiguidade) para escrever poesia e literatura e não para debater temas.

Nunca nos poderemos livrar totalmente da situação "estar preso às palavras", sensação que favorece a tendência para as pessoas fugirem a um consenso em relação ao seu significado, o que é uma demonstração de uma saudável vontade de liberdade, ainda que inútil.
É para mim, imperativo, livrarmo-nos da necessidade de recorrer à metafísica e a conceitos abstractos
(que podem querer dizer muita coisa) das quais muitos se aproveitam para impor uma opinião e que chegam a usar como argumentos de autoridade, tal é o seu peso emotivo (Deus, Amor, Felicidade, Liberdade, etc)sendo a Liberdade o conceito mais ambiguo e paradoxal pois temos de nos livrar da necessidade dela, para alguma vez podermos vir a tê-la.Ou seja, a liberdade não pode existir como algo objectivo e definido, pois essa limitação será uma contradição no termo.E assim como a Liberdade, os outros conceitos abstractos que enumerei também não são objectivos.Logo falar sobre eles não nos levará a nenhuma conclusão evidente.

Arrisco-me mesmo a dizer que a liberdade só é possível, para quem se conformar com a sua não-existência, tal como para atingir outras realidades supostamente metafísicas.
E essa farsa do livre arbítrio?Como raio se define esse conceito inventado pela igreja para justificar a existência da prática do mal?Eu sou o que sou, pela minha natureza? Ou pela minha vontade? E qual a verdadeira diferença entre as duas?

Que tenhamos então, acesso a essas duas dimensões da vida e da sociedade(a livre e a condicionada, a regrada e a desregrada...) e que saibamos distinguir quando queremos que uma ideia seja clara e quando queremos deixar a imaginação ou sensibilidade actuar sobre o significado das palavras, sons ou imagens.Nunca iremos controlar totalmente essas duas dimensões nem evitar que uma desemboque na outra, mas podemos apurar a nossa consciência no sentido de nos apercebermos em qual das dimensões estamos em cada altura(eu, por exemplo, neste texto, oscilo entre as duas), podendo tirar o melhor partido dela, nesse momento.Isso, para mim, é liberdade.

Thursday, January 18, 2007

Sobre o Referendo, não sobre o Aborto

Esta é uma questão que pouco me toca, primeiro porque nunca irei engravidar, depois porque a questão do referendo sobre o aborto não me concede poder algum de decisão na hora do aborto(não que uma mulher não possa dar algum ao homem, por decisão dela mesma)e finalmente porque quando uma situação dessas me aparecesse á frente, eu olharia para tudo menos para a lei, pois gostava de apostar no meu bom senso e no das pessoas em geral, razão pela qual votarei SIM.
Mas são precisamente as questões de votar ou não e do decorrimento das actuais campanhas que me tocam já um pouco.

Cada um puxa para a sua moral de compaixão.Uns dizem:coitadas das mulheres, que vão para a prisão...Outros dizem:coitados dos bébés que não têm escolha...Mas está tudo passado?Mas alguém concebe que certas pessoas tenham gosto em matar bébés ou outros tenham gosto em meter mulheres na prisão?Alguém põe a hipótese de achar que o que está em questão é decidir se o aborto é bom ou mau?Quem é que raio acha que esse assunto é discutível?
Que fique claro que não tenho qualquer compaixão, em geral, pela mulher que aborte, porque não tenho que ter nem devia ser isso que influenciava o meu voto, nem vou dizer que perco noites de sono a pensar qual é o dia em que realmente o embrião acorda e declara "estou vivo", porque então, neste caso, se o coração bate ou sistema nervoso não-centralizado desperta não sei o que é que isto me garante em termos de se poder considerar vivo.Se pelos vistos, eu não tenho a certeza de quando começa a vida(a não ser dados científicos de conveniência), então se por acaso eu me deparasse com uma decisão desta importância, como a de aprovar o aborto ou não, talvez o mais correcto fosse não arriscar o aborto, visto que...não tendo a certeza...não sei, talvez...É por esta razão que acho perigoso dar ás mulheres a ideia de abortar, baseadas no pensamento "vou abortar porque os médicos dizem que posso", podendo esquecer-se da sua própria impressão e da sua própria CONSCIÊNCIA (que parece estar fora de moda falar nela). Não contando com a confiança nas pessoas, que ninguém quer ter, pelos vistos.

Se a campanha do SIM tem pecado por ter sido até agora muito fraca, a campanha do NÃO tem mostrado argumentos tão absurdos como dizer "não matem pessoas na rua, matar é mau".
Se a repressão não tem resolvido o problema, pois realmente o número de abortos sempre foi astronómico(é em espanha, é no barco do António, é na casa da tia, é onde for) então está claro que é contra-producente ao manter o problema por resolver, agravá-lo por não haver condições para que o inevitável aconteça.
De um ponto vista um pouco demagógico posso dizer que "o voto no SIM é o voto na liberdade" mas na realidade o voto no SIM parece-me também ser o mais inteligente, não o mais politicamente correcto, não o mais compassivo, não o mais sensível e preocupado, não o mais fácil, apenas o mais inteligente.

Iluminismo e Anarquia

A questão de como atingir a liberdade é também subjectiva. Ainda para mais, se falarmos dela isoladamente, fica outra questão por resolver: "Liberdade em relação a quê? livre do quê?a que é que supostamente estamos presos? aos outros? aos sentimentos?ou á consciência ? á necessidade? ao medo? á natureza? e se estivermos presos a tudo isto? quereremos livrar-nos de todas estas coisas? Afinal... Quereremos ser livres? Se não definirmos claramente o que é, como poderemos saber se o queremos?
Para muitos é um sentimento. Talvez seja. Mas será como a felicidade era para alguns? Que não se procura? Não. Neste caso já não acho. Acho que devemos tentar identificar o que nos está a fazer sentir presos e enfrentar esse problema.
Mais uma vez, aquilo que provoca o sentimento de prisão pode variar de acordo com a pessoa.E deparamo-nos com uma possível razão de felicidade (na continuação do post anterior) que é livrarmo-nos de alguma coisa ou situação de que não gostamos.
Mas no meio deste caos de sentimentos, vontades de liberdade e noções diferentes da vida que o mundo seria se ninguém se controlasse nem ligasse ao resto do mundo, é preciso haver referências de bom senso e estruturas universais de pensamento e comunicação. Aí entram, ao longo da História, as escolas, as religiões e as doutrinas que visam preparar as pessoas para viverem umas com as outras e se aturarem.

Mas um grande problema que surge é que as pessoas, ao aceitarem estes ensinamentos, estão a receber um obstáculo á sua potencial liberdade, pois estão a receber pontos de partida que não foram eles que escolheram.Esta questão, realmente não tem solução, pois ninguém consegue partir do nada, excepto alguns génios que não devem servir de exemplo.
A única forma de amenizar esta situação é concentrar os esforços de quem ensina na cultura da verdade ou do mais próximo da verdade, que é a forma mais libertadora de ensinar.Esquecer os dogmas e os provérbios e concentrarmo-nos na propagação do conhecimento como superação de outras vias de abordagem da vida que existem, pois o conhecimento (certo, errado ou em evolução) igual para todos é a única forma de fazer conciliar a justiça e igualdade de oportunidades com a liberdade de escolha.
O gosto por conhecer, por compreender teorias, indepentemente de serem o espelho perfeito da realidade ou ser possível fazer melhor.Dar a toda a gente a possibilidade de poder pensar sobre os assuntos e proferir a opiniões com conhecimento de causa.A maior hipocrisia humanista que existe são essas escolas conceituadas onde, de facto, só entra quem tem dinheiro, influência ou currículo.O conhecimento é para todos.Não é de elites.Nem sequer para os mais inteligentes(que é um conceito que alguns acreditam demonstrar-se nas boas notas).
Aparentemente, seria incómodo para alguém que um puto de favela discutisse física atómica ou filosofia no meio da rua.Que nas escolas secundários se fornecesse ensinamentos sólidos (de forma cativante em vez de debitando) sobre o funcionamento da natureza e que o conhecimento andasse à solta na rua à disposição de muita gente...

Recuando um pouco no tempo, houve um movimento nos séc xviii-xix chamado Iluminismo que consistia em promover os valores da razão e da ciência no sentido de iluminar as pessoas, acreditando que isso as faria mais felizes.Embora tenha havido grande aderência a este movimento por parte de ilustres personagens, houve certas reacções
como o movimento a que se veio chamar de Romantismo, que tinha algumas vertentes contrárias(pois não se pretendia asolutamente contrária, mas também, em parte, complementar)e que tinha como um dos seus objectivos abrandar um pouco a talvez excessiva cerebralização da classe intelectual do momento, puxando mais para questões dos sentimentos como a nostalgia e o amor.Questões que também fazem parte da vida, como é claro, mas que não contribuem, a meu ver, para o entendimento dos avanços da ciência ou da filosofia (embora eu não negue que possam contribuir para a sua motivação).

A verdade é que nem o Iluminismo nem o Romantismo têm de vencer.Ambos podem conviver com funções diferentes.A Visão Iluminista poderia ser a base da sociedade, o abrir de portas á vida,dando instrumentos aos cidadãos para raciocinarem coerente e universalmente. Por cima desta estrutura sólida e funcional haveria firmeza e espaço para cada um viver livremente as suas relações com as outras pessoas ou expressar a sua idividualidade despreocupado da estrutura universal e racional do mundo, usando-se, por exemplo, da Visão Romântica...

UNIDOS NA RAZÃO.LIVRES NO AMOR.

A Possibilidade da Felicidade

Na nossa sociedade são-nos dadas possibilidades de fazer algumas escolhas no que diz respeito á nossa definição de felicidade.De tal maneira, que muito boa gente acaba por perder mais tempo a tentar definir o que é isso de felicidade (e se realmente é ou já foi feliz) do que a procurar os momentos de felicidade e vivê-los(mas para isso surgem soluções na sociedade de que falarei mais adiante).
Procuram critérios, criam protocolos, só quase faltando elaborar uma lista de coisas a cumprir para se poder convencer a si próprio que já é feliz.
Realmente o tema é subjectivo e aberto a propostas, podendo chegar ao cúmulo de uma pessoa viver acompanhada e feliz, outra estar só e também dizer que é feliz, aparecer uma pessoa rica que diz ter alcançado a felicidade e outra que é pobre e afirma o mesmo.Outra diz que vive muito deprimida pois a sua vida não é mexida o suficiente, apesar do vizinho da lado dizer, pelo contrário,que como nunca tem descanso na sua vida, é-lhe difícil encontrar a felicidade, pois precisa de tranquilidade para alcançá-la.
Surge então a suspeita que cada pessoa terá a sua definição de felicidade, pois ninguém consegue dar certeza do que é.
Mas esta ideia não convém nada numa sociedade organizada, massificada, politizada e perseguida pelos estudos estatísticos de mercado.Pois para tal tipo de controlo é preciso que as pessoas sejam o mais parecidas possível umas com as outras, para que seja mais fácil para alguém que quer iniciar um negócio, prever aquilo que irá mais provavelmente corresponder á procura comum.
Para evitar que se perca o controle das massas e noção do que as pessoas querem, entram então as soluções que anunciei anteriormente no final do primeiro parágrafo:não perguntar o que as pessoas querem.Impor primeiro e perguntar depois.Um mercado num regime capitalista não quer saber, em geral, o que as pessoas querem, mas sim descobrir como convencê-las a querer, para depois vender, dizendo que tem o que elas precisam (surgindo daqui, vários grupos bem definidos de consumidores).Quando as pessoas já estão convencidas, aí os produtos entram na moda e ver-se-á quanto tempo essa moda durará.
Penso que isto faz uma analogia com o conceito de felicidade também.Ou seja, quando as pessoas não chegam a uma conclusão sobre o que significa este conceito, a economia e a política influenciará e apresentará propostas que se definem pela procura das carreiras, dos sucessos, das vitórias, das casas, dos carros, das viagens...que se seguidas pela maioria das pessoas, influem nas tendências da sociedade até ao ponto em que ninguém conhece ou tem acesso a outro tipo de vida.Cai-se que nem patinho na vida certa, previsível e controlável por quem beneficiar desse poder.
Ser um pouco mais contra a corrente, pensar um pouco mais nas possibilidades da vida, não aceitar á partida as promoções,as propostas políticas e de mercado, acreditar um pouco mais na sua própria opinião e vontades próprias em deterimento daquilo que parece mais correcto.São tudo ideias que não fazia mal experimentar e que iriam contribuir para não ajudar mais a que as tendências de massas se transformem em estruturas inamovíveis.

Bem Vindos

O objectivo deste espaço é uma ideia de livre pensamento e discussão de ideias e temas que pensamos ser importantes. Um pouco sobre tudo, mas essencialmente sobre o estado do nosso ambiente e da nossa sociedade.

É um projecto, talvez ridículamente utópico, de tentar de criar um ambiente "independente" onde se discuta aquilo que fazemos, dizemos e queremos livremente. Querendo isto dizer sem preocupação com a opinião pública ou o politicamente correcto.

Tenho como principal desejo ser completamente desacreditado, provado errado, e provocado por qualquer um de vós (no sentido lógico e dialético da expressão).

Let the games begin =P