Thursday, May 31, 2007

Greve sem efeito

O meu objectivo para hoje, era escrever um post sobre a greve de 30 de maio, mas perante o post que encontrei no blog suburbano:"Eu não fiz Greve", concluí que era melhor fazer este link, pois o post está mais bem expresso do que aquilo que eu escreveria e além disso, subscrevo-o quase totalmente.

Wednesday, May 23, 2007

Entre Neo-Nazis e Enfermeiras-parte 2

Falemos então agora, de mulheres:

Analisando o que se sabe sobre o cérebro das mulheres, parece-me viável dizer que tal está estruturado de forma mais realista, pois utiliza mais vezes os dois hemisférios em simultâneo para realizar tarefas do que o homem.Isto traz-lhe vantagens no que diz respeito à harmonia com a natureza, pois nesta os objectos não estão já limitados de acordo com os nossos conceitos.Tudo está ligado de alguma forma.Daí a aversão geral das mulheres aos raciocínios absolutistas e limitadores da realidade.

O facto é que nem sempre interessa harmonizar ao máximo com a natureza.Ao longo da construção de uma sociedade surge sempre a necessidade de fazer evoluir conceitos como segregação, separação, regras, limites, sistemas e outros que vizam apenas organizar e gerir a realidade e não, vê-la tal como ela é.Não vizam ser como a natureza.Vizam AGIR NA NATUREZA.Vizam tomar decisões, mais do que realistas, funcionais.Função, esta é a palavra chave.Os homens avaliam o valor de algo pela sua função e versatilidade.As mulheres não precisam que algo sirva para alguma coisa para lhe darem valor, daí que acham que toda a gente merece amor e consideração.Até os criminosos e os imbecis precisam de atenção.Tudo conta.Tudo é importante.

Por muito que me custe admitir, esta atitude faz mais sentido do que a dos homens utilitaristas, pois na verdade, a vida não tem que ter uma função, as pessoas não têm que ter uma função nem de ser julgadas por isso.A sociedade é que exige que tal aconteça para que se lhe possa pertencer e beneficiar da sua protecção.Protecção essa que é a única ideia que convence a Mulher a concordar que a sociedade se organize para lá das várias famílias.Para que todos se possam salvar.

Mas apesar disso, penso que se passa algo na sociedade dos dias de hoje que não contribui para revelar estas características na mulher.A necessidade de se afirmarem como substitutas dos homens, como se isso fosse bom e sem,ás vezes, pensarem se é isso que querem.

Observei isso num hospital, hà pouco tempo.No meio de todo aquele ambiente de portas e corredores em que me perdi, só me sentia bem quando, em vez de passar um médico arrogante ou um paciente numa maca, passava uma enfermeira sorridente e que quase me tentava "curar" com o olhar.Depois, na altura em que conversava com uma médica sobre o paciente, tentei fornecer alguns dados sobre ele, que pensei serem importantes.Mas numa atitude que não esperaria numa mulher,a médica virava a cara e fingia já saber tudo e não dava importância.O mesmo fez a segunda médica que analisou o mesmo paciente.
O facto é que o que eu disse sobre as possíveis razões sobre a causa do episódio que levou o paciente ao hospital confirmaram-se no dia seguinte por um médico particular.E se a dita médica tivesse usado os dois hemisférios como fazem as enfermeiras com que me deparei, teria dado mais atenção às pessoas envolvidas, ter-me-ia ouvido e teria evitado as 8 horas de exames e análises inconclusivos que o paciente teve que sofrer.

Estas duas médicas tentaram , na minha opinião, adoptar uma atitude mais distante, talvez para se sentirem pertencentes a um mundo que olham como masculino, mas numa representação infeliz não obtiveram nenhuma vantagem a partir dessa ideia.

Como sabemos, noutras ocasiões pode ser útil usar essa atitude distante como a que usei para analisar o que se passou na minha frente com intuito de chegar às conclusões que apresentei.A aproximação excessiva(que atribuo como desvantagem das mulheres) pode levar a misturar conceitos que embora realmente ligados não me ajudariam a pensar num contexto específico.

Acontece que o abuso do distanciamento pode levar a atitudes como a dos Nazis e como as dos agora emergentes, Neo-Nazis e nacionalistas. Tanta determinação e vontade poderia ser usada para coisas muito mais úteis do que tentar conquistar um lugar da assembleia para forçar a ostracização e promover o racismo.Espero que as mulheres não se juntem nestas inciativas de masculinização estúpida da sociedade, apenas para se poderem afirmar também.

O confronto de valores resultante das vontades dos homens e das mulheres deve-se manter sem nenhuma visão ter de prevalecer sobre a outra.Pois se os homens perdem os seus "defeitos", a sociedade perde a sua força e objectividade e se as mulheres perdem os seus, a sociedade perde a sua razão e encanto.

Entre Neo-Nazis e Enfermeiras-parte 1

Nos anos 30 do século passado subiu ao poder na Alemanha, Hitler, e com ele, todas as implicações politico-ideológicas mal-amanhadas à qual se foram unindo um número assustador de caucasianos.Havia um medo do comunismo, um desepero e uma desorientação tal, que muitos acreditavam ser necessária uma "renovação" das etnias existentes na Alemanha e possivelmente no resto do mundo.Havia esta suspeita já presente, que Hitler aproveitou para "encarneirar" o maior número de pessoas possível, criando o sonho de um mundo "limpo", "puro", "ariano"...
Como em qualquer proposta de ditadura, existia o objectivo de criar um estado de controlo máximo da movimentação das pessoas.É aqui que reside para mim, o início da questão e onde considero haver um dado interessante.A relação entre um estado controlador e a sua "virilização".
A razão porque no nazismo se propagava a violência nas ruas como forma de fazer política, nada mais era do que a melhor forma de prever e domar os acontecimentos, porque verdade seja dita, um estado "virilizado" é muito mais previsível e controlável do que um estado "efeminado" onde as motivações e os valores não seriam tão básicos e superficiais.
O próprio Hitler não deveria ser tão nazi quanto os seus seguidores, mas arranjou sem dúvida um discurso simples, eficaz e acima de tudo "viril" que por esta mesma última característica dava segurança a quem se assumia partidário desse discurso.Digo mais até:Hitler gostava de mulheres, coisa que não parece acontecer com a percentagem esmagadora de nazis(e mesmo Hitler aparenta ser duvidoso), para os quais o mundo deve ser masculino, militarista, espartanista, opressor, racista e nacionalista, não deixando espaço para outras características mais compassivas, conciliantes, cujas se podem considerar mais femininas.Um homem que recusa por completo características femininas numa sociedade é um homem que gosta de homens.Mas na minha opinião, Hitler fazia-o hipócritamente e por necessidade de controlo.O facto de se proibir a homossexualidade brutalmente, mais não pode ser do que um medo escondido que isso se pudesse alastrar num mundo virilizado, não o tornando tão previsível.
Surge a segunda parte da questão e o terceiro lado do triângulo.A relação entre virilização e anti-naturalidade.

Virilização---Previsibilidade---Contra-Natura


De facto, existe a tentação de prever ao máximo a realidade para poder controlá-la, e no caso dos homens que não estão tão ligados à terra e à vida, mas sim, aos seus objectivos, mais fácil se torna conceber um mundo onde, embora não se negue as tendências naturais, se nega a sua supremacia e simplesmente se procura a eficácia do sistema criado pelo ser humano.
É uma tentação muito forte aquela que um homem tem para pensar:" E se eu previsse isto tudo?E se eu já entendesse tudo?E se eu já controlasse todos os parâmetros da natureza e da sociedade?E se eu souber tudo?Eu podia ser Deus."

Esta tentação vai contra a natureza das coisas mas é uma boa forma de motivação para a vida, na minha opinião.Pois sabendo que não sou Deus, não preciso de me preocupar enquanto busco a perfeição, uma vez que esta busca será infinita.Mas por ser infinita, eu tenho de saber quando parar, quando me render, tenho de buscar a estabilidade de vez em quando.É aí que entra a Mulher.Mulher essa que estabelece os limites da loucura para o homem(ou a passagem para outras).
Curiosamente e ao contrário do que normalmente oiço, não é o homem que dá segurança, mas sim a Mulher, pois mais importante do que nos que protegermos das tempestades, das confusões e dos inimigos é proteger o valor da vida.É ter uma resposta(como se fala, e bem, num anterior post), uma justificação...e a única resposta concrecta e real que o homem tem para a vida...é a Mulher.

Tuesday, May 22, 2007

Experiment Stupidity

Peço Desculpa ao Blog Arqueologia do Corpo, de onde "roubei" este vídeo, mas é demasiado importante difundir quão estupidos e perigosos são os Estados Unidos da América. De tomar em conta que estas pessaos votam em quem será o Presidente do país mais poderoso do mundo.

Sunday, May 20, 2007

"Crer para Viver"

Depois de ter-me sujeitado, por curiosidade doentia e da qual me envergonho, aos argumentos e conselhos quer da Oprah como do famoso Dr.Phil, reparei que hoje em dia se aconselha as pessoas a acreditarem em "algo", não necessariamente em Deus, mas em alguma coisa. Como que fosse algo de necessário à existência humana acreditar em algo de superior a nós, ou à nossa existência. Estranhei um pouco este paradoxo estranho, de ver crentes numa determinada doutrina, a afirmarem que não é necessário acreditar no Deus deles, mas pelo menos encontrar um substituto. E então pus-me a pensar:
Porque será que devemos nós acreditar em algo?
Porque será que desde as tribos indígenas numa ilha deserta, aos Romanos, Gregos, Católicos, Muçulmanos, todos acreditam num Deus, ou em algo Superior a si mesmos?
Porque é que o ser humano é levado a Crer para Viver?
Será que existe mesmo uma necessidade inerente ao ser humano de acreditar em algo superior a si, que comanda os nossos destinos?

Primeiro acho que devo definir que, pessoalmente, eu acredito em respostas. Eu acredito que existem razões e causas para o que acontece. E que a procura dessas causas deve fazer sentido, independentemente da direcção em que me apontar, seja Deus, ou o fim do mundo.

Assim comecei a minha análise da questão, perguntando:
De onde surgiram as crenças?

Penso que nos tempos em que o intelecto humano ainda não estava totalmente desenvolvido, os seres humanos começaram a associar consequências com causas. E esta associação começou, associando causas passadas e consequências presentes, e movendo-se para causas presentes com consequências futuras. Assim ganhámos a capacidade de prever com alguma certeza o futuro. Consequentemente surgiu aquilo que eu chamo de espírito científico, também conhecido como curiosidade. Começou-se então a procurar as causas para as consequências que mais importavam ás pessoas naquela altura:
Porque é que morremos? Porque é que se dão terramotos? etc...
Desta procura de saber o porquê das coisas, surgram as primeiras crenças em seres superiores:
"Ao ofender o meu vizinho ele torna-se violento. Assim, da mesma forma: a Terra tremeu, pois ofendemo-la!"
Mas estas crenças respondem apenas ao espírito científico de cada um de nós... são respostas, mais nada.
Posso assim concluir que não existe na natureza humana uma necessidade de crer em algo, mas que aquilo que nos leva à religião não é nada mais do que aquilo a que eu chamo de espirito científico, a necessidade de saber o porquê das coisas, de obter respostas. Muito ironicamente o mesmo espírito que nega todas as crenças em entidades não lógicas, ou cientificamente provadas.

Continuei a minha análise e perguntei-me :
Assim, donde surgiram as religiões, e para que propósito?
Á medida que o tempo passava, alguns dos habitantes das sociedades tribais (ou qualquer outro tipo de sociedade), ganham, naturalmente, maior experiência e sabedoria, que lhes concedem maior respeito e credibilidade. Que por sua vez, lhes concedem, maior estatuto e autoridade.
Estes habitantes, têm a "sua" resposta, e essa resposta é estabelecida como verdadeira para toda a tribo, pois dado o estatuto e sabedoria dos velhos e sábios aldeões, nenhum dos outros aldeões encontra razões para duvidar dela. No entanto, dado os meios existentes naquela altura não serem os necessários para explicar o porquê de todos os acontecimentos verdadeiramente relevantes para um indivíduo, essa resposta não era absoluta, e provavelmente nem sequer era correcta. Mas isso tornou-se secundário quando surgiu um outro aldeão com uma outra resposta. Uma resposta que punha em perigo o estatuto dos aldeões velhos e sábios, e estes protegeram esse estatuto, calando essa nova resposta, independentemente do mérito da mesma.
E assim os velhos sábios ganharam a noção do poder que possuíam e da única coisa que os mantinha agarrados a esse poder:
A crença da tribo na "sua" resposta.
Assim surgiram as religiões, cuja principal natureza é serem uma ferramenta de poder utilizada pelos extractos sociais superiores para manter a sua credibilidade e estatuto.

Essas ferramentas foram sendo aperfeiçoadas e embelezadas. Assim ao analisarmos as crenças e religiões que mais se proliferaram, todas elas apelam ao descanso da nossa consciência. Existem em toda elas promessas de uma vida positiva, e de um futuro risonho, para aqueles que acreditam nos seus princípios. Quer seja acreditar no destino, ou no Karma, ou em Deus. Estas doutrinas transmitem um conjunto de limitações, de regras, que se seguidas, levam a um final positivo. Esta forma de embelezar o mundo em que nos inserimos, é apenas uma forma de atrair as pessoas à mensagem, pois elas QUEREM acreditar que tudo vai correr bem. Quando na realidade, isso não é algo que se possa prever.

Concluindo:
Dado hoje em dia o método científico conseguir estabelecer respostas para coisas que na altura da criação das religiões não era possível, elas têm de se ajustar e adaptar á esta nova realidade. E assim, procuram fomentar esta pseudo-necessidade, de um final feliz.Como se o ser humano não fosse capaz de assumir as suas responsabilidades, e viver a sua vida sem a promessa de um final que lhe seja satisfatório.
A verdade é que não existem finais felizes, apenas finais. E a tentativa de assegurar esse final feliz é uma exploração social da qual depende a existência das igrejas.

Wednesday, May 16, 2007

Tuesday, May 15, 2007

Oração do Homem Moderno

Convoco todos os Santos
Todos os espíritos
Deuses do passado
Ou santidades de conveniência

A todos vos chamo!

Por favor!
Matem-me a Consciência!
Já tenho tudo
Segurança, amigos...
Só me falta uma coisa
Livrar-me da minha Consciência
Aqui a entrego
Aqui a vendo
Aqui no santuário da minha solidão
Que espero ver pela última vez

Ninguém tem um Deus para me dar?
Um contentor para o meu sofrimento?.............................
...............................................................
........................................
.................................................................................................................................
Espera...
Vejo uma luz
Uma resposta divina!...
Sim, é isso!
Mas porque hei-de duvidar da minha bondade?
Só quero comprar as minhas coisas, as minhas casas, os meus carros
Sem me sentir culpado
Será pedir muito?
É preciso que os outros também sejam felizes...

Heis a minha nova oração:

"Que todos se satisfaçam

Que os pobres se saciem
Com o pouco que têm
Que os ricos tenham tudo
E que não me chateiem

Que os feios fiquem aquém
Mas que não se importem
Que os bonitos lhes digam
Que só conta o que sentem

Que os cegos e surdos
Se contentem com coisinhas
E os outros inválidos
Só precisem de festinhas

Que os que morrem a sofrer
Tenham seu lugar no Céu
Mas que o próprio Inferno
Não seja assim tão mau

Que todas as almas do Mundo
Encontrem o seu caminho
E que nada falte
A quem só olha o seu ninho

Deus!

Faz da hipocrisia, a nova demência
E salva-me da minha Consciência"

Thursday, May 3, 2007

Querem argumentos para filmes?Os americanos têm os westerns, nós temos a exploração do planeta Terra

-20 anos antes de Colombo "chocar" contra as Caraíbas, João Vaz Corte Real descobriu a ilha a que chamaram de Terra Nova, no Canadá.A existência de terra naquela zona do oceano foi mantida secreta por ordem de D.João II e as expedições continuaram, resultando na descoberta da costa norte-americana.

-As estimativas em relação á circunferência da Terra, feitas por Colombo, estavam muito mais longe da realidade que as da Junta de Matemática da corte de D.João II.Razão pela qual o rei recusou financiar as viagens e permitiu que Colombo convencesse a Rainha Isabel de Castela a financiá-lo e torná-lo almirante dos mares da Ìndia a descobrir e governador e vice-rei das terras do Oriente que se propunha descobrir também(pouco ambicioso, o homem).

-Como sabemos, Colombo não só não descobriu terras orientais nenhumas, nem mares da Índia, como distraiu a corte espanhola da luta comercial em que se quiz envolver, totalmente ganha por Portugal, nesta fase, visto que 4 anos antes de colombo dar com as Caraíbas em 1492, por engano, já Bartolomeu dias tinha chegado a metade do caminho marítimo para a Índia, sendo depois feita a viagem completa por Vasco da Gama em 1498.

-O tratado de tordesilhas, em que os negociadores portugueses conseguiram alterar a proposta do Papa para umas léguas mais à esquerda, apanhando o Brasil(mas falhando as caraíbas, para satisfação dos espanhóis), teve lugar em 1494.Isto foi 4 anos antes da suposta "expedição secreta" de Duarte Pacheco Pereira e 6 anos antes de "descoberta oficial" de Pedro Álvares Cabral.Conveniente, não?

-Existe um mapa, feito pela National Geographic Society, chamado "The Explorers", que tenho na minha posse.Nesse mapa estão enumerados os mais importantes exploradores: 12 exploradores ingleses, 6 espanhóis, 3 portugueses...a minha dúvida é:

Tristão Vaz Teixeira, Diogo de Silves, Gil Eanes, Afonso Gonçalves Baldaia, Dinis Dias, Diogo de Azambuja, Diogo Cão, Afonso de Paiva, Pêro da Covilhã, Gonçalo Eanes, João Fernandes, Pedro de Barcelos, Vasco da Gama, Duarte Pacheco Pereira, Pedro Álvares Cabral, João Vaz Corte Real(e seus respectivos 3 filhos), João Rodrigues Cabrilho, João da Nova, Afonso de Albuquerque, Francisco Serrão, António Fernandes, Fernão de Magalhães, Bartolomeu Dias, Martim Afonso de Sousa,Aarão Hallevi , António Abreu, Afonso de Paiva, António de Andrade, Bento de Góis, Brás Cubas, Diogo Álvares Correia, Diogo Rodrigues, Cristovão Pereira de Abreu,Diogo de Teive, Estevão Gomes, Fernão Gomes, Jorge Álvares, João Fernandes Lavrador, João Ramalho, Luis Vaz de Torres, Lourenço Marques, Martim Soares Moreno, Pedro de Mascarenhas, Pero Coelho de Sousa, Pero Lopes de Sousa, Pero Escobar,
João Fernandes de Oliveira, Jorge de Menezes, Tristão da Cunha, Fernão Mendes Pinto, João Gonçalves Zarco, Cristovão de Mendonça, Gomes de Sequeira, Pedro Fernandes de Queirós, Hermenegildo Capelo, Roberto Ivens, Serpa Pinto...60 pioneiros e exploradores aventureiros portugueses, praticamente todos da Era dos descobrimentos (que começou com a conquista de Ceuta).

Pronto, se não quiserem, não ponham todos, mas só 3 é abuso, não?

-Foram encontrados mapas portugueses que revelam conhecimento da existência da austrália, 250 anos antes de James Cook lá passar, pois nesses mapas, depois de algum estudo, foi possível encontrar contornos detalhados duma parte da costa australiana.

-Existe uma imagem mítica dos portugueses, propagandeada, principalmente entre os americanos, que nos classifica como tiranos e chacinadores.O facto é que, de todos os povos de exploradores desta época dos descobrimentos (portugueses, holandeses, espanhóis, ingleses e franceses), os portugueses são dos que têm menos registos de comportamentos tirânicos e racistas(claro que também tivemos a nossa quota parte, principalmente na escravização) e sendo bastante favoráveis à miscigenação, ao contrário do que se verifica nos outros povos e principalmente, nos ingleses que sempre tiveram uma política de "apertheid" em relação a outras raças.

-O explorador João Fernandes de Oliveira teve 13 filhos assumidos da ex-escrava (já, mulata) Xica da Silva com quem se tinha casado e assumido abertamente o matrimónio, daí o nome da senhora passar a Francisca da Silva Oliveira.O padre António Vieira teve forte relação e conhecimentos com os nativos do Brasil e sempre quiz contribuir para a sua integração na sociedade cristã(uma forma de eles não serem ostracizados).Camões descreve no seu poema "Endechas a Bárbara Escrava" uma atitude não-racista e de vanguarda.

-"Ali andavam entre eles três ou quatro moças, bem novinhas e gentis, com cabelos muito pretos e compridos pelas costas; e suas vergonhas, tão altas e tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as nós muito bem olharmos, não se envergonhavam"-Pero Vaz de Caminha referindo-se às nativas do Brasil, nas suas cartas relativas à viagem de Pedro Álvares Cabral em 1500.

300

(quem não viu o filme "300" ainda, não leia os dois primeiros parágrafos)

Depois de ter visto, finalmente, esse filme que deu tanto que falar e depois de concluir que é um bom filme para entretenimento e estupefacção com efeitos estéticos e cenas de batalha, passei, de seguida, para a componente histórica do filme que, neste caso, deriva da interpretação do, agora conhecido, Franck Miller, que participou na realização do filme.Depois de verificada essa componente, conclui que, era sem dúvida, a parte menos considerada no enredo.Isto é uma pena para quem, ao ter gostado tanto da história, desejasse que assim se tivesse passado...

De facto, na batalha de termópila, não havia apenas espartanos famintos de sangue e outros quantos aliados que não sabiam combater. Também os persas não eram aos milhões e lado grego contava com pelo menos, 7000 soldados aliados, sendo os de esparta à volta de 1000, no número mais provável.No máximo, os soldados de esparta sacrificaram-se, de facto, para bloquear os persas, enquanto os aliados se retiravam, para impedir o massacre, quando a batalha já estava perdida.Mais tarde, foi um general e estratego ateniense chamado Temístocles com a sua frota naval que derrotou pela primeira vez o exército persa e inverteu o decurso da guerra.

Mas, passando para casos mais sérios, em que o que o caso não é um filme de banda desenhada, existem uma série de deturpações históricas que se alastram e afectam até os portugueses.Como tal, eu irei deixar no próximo post, uma lista de recordações de dados e deturpações históricas em relação a Portugal(de acordo com os historiadores mais recentes) que deveriam ajudar a levantar este país, tal como os americanos fizeram com os seus westerns do sonho americano e que acompanharam o progresso dos estados unidos.
Quem quiser contribuir com mais revelações ou simplesmente confirmações da História, esteja à vontade.