Wednesday, June 27, 2007

Experiment Freedom...with cars re-sell prices..

Experiência reservada a mulheres ou O desprezo pelas máquinas-não sei qual o título mais adequado

Tuesday, June 26, 2007

Porquê o alargamento da discussão pública do novo RJIES?

"Dia 22 de Junho juntei os meus apetrechos, e parti em expedição em direcção à Reitoria da Universidade do Porto, para atender a este convite irrecusável da discussão pública da Proposta do RJIES. Para grande espanto meu - resultado de vivências atávicas - à hora marcada, o Senhor Ministro já se encontrava ns "Sala dos Capelos lá do Norte", rodeado de bastante audiência - aí umas 350 pessoas - a maioria seria constituída por docentes de diversas instituições públicas e privadas, que me pareceram mais de pé atrás e curiosos sobre como ele se sairia, do que interessados em questões de ensino superior, e também largas dezenas de alunos.
O senhor Ministro, durante mais de 3/4 de hora, relatou, com bastante fulgor e pormenor, todas as SUAS (dele) peripécias, suadelas e diligências, que culminaram nessa proposta do RJIES, descrevendo com bastante precisão, a fundamentação da proposta organizacional do Conselho Geral mas, sobretudo, as vantagens competitivas da gestão tais fundações "públicas de direito privado" [1] - estas com base processual de gestão financeira, no código civil e código fiscal, e permitindo circulação dinheiros (inclusivé os de origem pública) sem concorrerem para o agravamento do déficit público, quando comparadas com a gestão legalmente possível de instituições públicas - que obedecem ao código de procedimento administrativo e cumprindo demais regras correspondentes; nestas, o seu financiamento público "conta para o deficit...". Eu entendi que subjacente à instituição de "fundações de gestão facilitada", estaria a necessidade das universidades terem maioria orçamentária proveniente de verbas privativas - isto é, seria privilégio de instituições mais afortundas.
Depois da sua longuíssima introdução, seguiram-se imediatamente inscrições de duas ou três pessoas, cuja sequência de exposição de questões foi logo interrompida no fim da primeira intervenção, pelo próprio ministro, para dar a palavra ao Senhor Professor Universitário Vital Moreira, na sua qualidade de "Técnico" - penso que este foi O Conselheiro Jurídico do documento RJIES produzido, sobretudo, no trecho pertinente às fundações "publicas de direito privado". Este Senhor ocupou mais outra meia hora, para repetir, obsessiva e entusiasticamente a mesma coisa, que o ministro, só que com muito menos precisão e brilho.
Depois arengaram umas 30 pessoas, na sua maioria a dizer que seria necessário muito mais tempo, para a IES poderem redigir os estatutos, em desacordo com aquela ideia lunimnosa das fundações - se o financiamento público dessas fundações não conta para o defcit nacional, parece ser de facto uma excelente ideia, para a instituição de um saco azul de corda folgada, por isso sinceramente não percebo a posição das universidades - esta maravilha está prevista só para elas.
Os alunos, dominantemente, reivindicaram a importância de manutenção da sua representatividade e contributo para a estratégia das escolas no Conselho Geral.
O senhor Ministro respondeu à grande maioria das perguntas, reparos e sugestões menos áquelas que verdadeiramente o incomodavam e que a mim me levou até lá, a saber:
Concretização da diferenciação das Instituições Politécnicas no Capítulo da Investigação;
Na necessidade de acautelar, já neste documento, com absoluta equidade de tratamento os alunos carenciados de um e de outro subsistema;
Na necessidade do Governo estabelecer, já neste documento, prazos concretos da sua intervenção como sistema regulador.
O Ministro classificou questões como estas, como sendo de pormenor, disponibilizando-se a si mesmo e ao seu gabinete, para as tratar posteriormente(...)"


Excerto de um post: "
SCOOP RJIES - um Nariz de cera" do blog: Outra Loiça

Um exemplo que serve para demonstrar porque agendou Mariano Gago, a discussão pública do novo RJIES para justamente, a época de exames em que os mais interessados em se informar e discutir estão sem tempo para tal discussão (professores e alunos) pois estão a estudar, a fazer ou a corrigir testes.

É já esta quinta-feira a votação na AR!

Thursday, June 21, 2007

Homenagem a Tolstoy

Não sendo eu cristão como era esta sumidade, tenho de reconhecer que vale sempre a pena ouvir o que ela diz:

"Os ricos farão de tudo pelos pobres, menos descer de suas costas."

"Quem nunca esteve na prisão não sabe como é o Estado".

"O homem que desempenha um papel nos acontecimentos históricos jamais lhes compreende o significado".

"A arte é um dos meios que unem os homens."

"Aceitar a dignidade de outra pessoa é axiomático. Não tem nada a ver com dominação, apoio, ou atos de caridade em relação aos outros."

"É no coração do homem que reside o princípio e o fim de todas as coisas."

"Governos precisam de exércitos para protegê-los de seus oprimidos e escravizados súditos."

"Em minha busca de respostas para a pergunta da vida, senti-me exatamente como um homem perdido em uma floresta."

"Em vão centenas de milhar de homens, amontoados num pequeno espaço, se esforçavam por disfigurar a terra em que viviam; em vão a cobriam de pedras para que nada pudesse germinar; em vão arrancavam as ervas tenras que pugnavam por irromper; em vão impregnavam o ar de fumaça de petróleo e de carvão; em vão escorraçavam os animais e os pássaros - porque até na cidade a Primavera era Primavera". Retirado do livro Ressurreição

"Quase todos os esforços humanos se dirigem não à diminuição da carga do trabalhador, mas a tornar mais agradável o ócio dos que já vivem em lazer."

"A tristeza pura e completa é tão impossível quanto a felicidade,pura e completa."

"Cada um pensa em mudar a humanidade, mas ninguém pensa em mudar-se a sí mesmo."

"É mais fácil escrever dez volumes de princípios filosóficos que por em prática um só deles."

"As vezes acontece que se discute porque não se chega a comprender o que pretende demonstrar o nosso interlocutor."

"É mais fácil fazer leis do que governar"

"Não há situação a que um homem se não habitue, principalmente se todos os que o rodeiam vivem em iguais condições."

"O respeito foi inventado para esconder o lugar vazio onde deveria estar o amor"


"As mulheres são o principal obstáculo à actividade do homem. É difícil amar uma mulher e fazer qualquer coisa ao mesmo tempo."

"Todo aquele que tem uma vida complicada julga ver nessa complicação uma fatalidade que só a ele atinge."

"A energia tem por base o amor e o amor não se consegue à força."

"Qualquer pessoa é capaz de se conservar horas sentada de pernas encolhidas, sem mudar de posição, desde que esteja certa de que nada a impedirá de o fazer. Mas, sabendo que é uma imposição, terá cãibras e as pernas, trémulas, acabarão por se estender."

E a minha preferida:

"Antes de dar ao povo sacerdotes, soldados e maestros, sería oportuno saber se ele não está a morrer de fome."

Thursday, June 14, 2007

Egopata

Porque tem de ser assim?

Onde está o meu sono?
Onde está a minha tranquilidade?

Porque me acordaram?
Vivia eu na insconsciência?Ou na sabedoria completa?
Expulsaram-me daquele ventre...agora já não me lembro bem
Tiraram-me das trevas...quem vos pediu?

Pedi a alguém para nascer?
Alguém me perguntou alguma coisa?

Arrancaram-me do sono profundo
E agora procuro-o todos as noites
Quando, finalmente, se põe este Sol
Que me quiseram mostrar...Maldito seja!

Uma ou outra interrupção...ainda aguentava
Mas depois romperam-me o cordão
A minha raíz...foi-se
Desligaram-me
Acordaram-me
Nunca mais fui natureza
Nunca mais fui perfeição
Nunca mais vivi naquela caverna húmida
Onde alguém que eu não via
Me dava tudo o que eu precisava.....................................

....................................................................

Mas eu vingar-me-ei!
Irei lutar para provar que não me venceram
Com ódio, receberão o amor que me tiraram

Irão conhecer o monstro que despertou
E também a força que, outrora, o sufocou.

Tudo isto, para receber
O meu sono de volta.

Monday, June 11, 2007

Experiment Freedom...2

Os primeiros dois minutos são só para aquecer...

Tuesday, June 5, 2007

Just do it

Em relação ao Acordão do Supremo Tribunal de Justiça sobre uma atenuação de pena de um condenado por pedofilia:

"...não sendo certamente a mesma coisa praticar algum dos actos com uma criança de cinco, seis ou sete anos, ou com um jovem de 13 anos, que despertou já para a puberdade e que é capaz de erecção e de actos ligados à sexualidade que dependem da sua vontade."

Consideram a erecção um acto voluntário(todos os homens se lembram da primeira, foi mesmo de propósito...os sacanas...).E já que foi de propósito, já não há tanta responsabilização do abusador(como homem, sinto-me elogiado por considerarem que por o meu género ter um orgão fálico, isso me dá, desde tão cedo, poder e controlo absoluto e consciente sobre o meu sexo.As mulheres(que não são condenadas por ter prazer numa violação), vítimas do sexo(que duro golpe na emancipação) é que se calhar, estão á mercê desse falo.Então, os homens, de facto, mandam mesmo nisto...
Bom, e já agora deixem-no(ao condenado) sair mais cedo, coitado, que é para ver se ele apanha depressa, mais algum desses malandros preversos, capazes de erecção...(que, pelo que os juízes nem sabiam, inclui até mesmo bébés).
Que sorte, para o menor, que o caso já está encerrado, senão às tantas, ia ele preso.

"O arguido foi mantendo o seu comportamento sobre este menor, o que foi sendo propiciado pelo facto de o menor não contar a ninguém. (...) que se limitou a ‘ordenar’ ao ofendido que não contasse o que se passava entre eles."

Que caso tão raro esse do "não contar a ninguém".Nunca acontece...Este menor é, de facto, um inovador...merece tratamento especial...

Este caso, realmente, tocou-me.Acho que devia haver uma associação para a a defesa dos pedófilos, para eles não sofrerem abusos da justiça.Felizmente, que este foi salvo, a tempo, pelo SUPREMO(sim, supremo, engraçada esta palavra, não é?) Tribunal que lhe conseguiu reduzir a pena de 7 anos e 5 meses para 5 anos.

Já viram 7 anos e 5 meses?Que barbaridade!!!

E que fique a mensagem: se encontrarem um jovem "capaz de erecção", isso significa que ele já está para as curvas e se quiserem cometer algum crime de pedofilia com atenuante, têm sempre esta opção no mercado(ou na rua, ou na escola, ou em casa...).Se não fossem as lições da justiça portuguesa, não sei o que seria de nós...

Passando para um tom mais sério, parece-me que o problema não está em considerar que um abuso a um menor de 13 é diferente de um abuso a um de 6 ou 7 anos, pois isso é óbvio.O problema reside, a meu ver, nos argumentos usados e na demonstração da falta de tacto destes juízes para temas como "sexo", tema que infelizmente abrange uma parte muito importante dos casos de tribunal e até podia abranger mais, se a maioria dos casos fosse denunciado.Se estas "opiniões" tivessem sido dadas por um tribunalzeco da vila-dos-cata-percebes, já eram graves, mas feitas pelo mais alto orgão decisório da Justiça em Portugal já não são classificáveis.
Até no facto de se achar que pode ter havido consentimento por parte do menor, se deve atenuar a pena, não se percebendo que não é isso que faz do pedófilo menos perigoso e irresponsável.Quase que o facto de o menor poder ter tido esse consentimento desagrava uma vontade do condenado que, possivelmente, existiria de qualquer forma.Para que serve afinal o estatuto de menor?

O facto é que o comportamento sexual numa sociedade é das coisas mais importantes que nela existe(seja activo ou passivo).A naturalidade das pessoas na abordagem desse tema é fulcral.Mas trago comigo a suspeita de que cada vez mais se fala em sexo, mas cada vez menos se sabe o que é.Existe uma aparente libertinagem na arte e na cultura actual, em relação ao sexo, mas quando se chega à hora da verdade acontecem casos como o destes juízes que, no mínimo, foram influenciados por um desconforto escondido e defendendo-se com uma atitude arrogante perante um assunto que, pelos vistos, não dominam muito bem.

A minha hipótese é que, embora, muitos homens actualmente, sintam a necessidade de exibir uma atitude de macho latino desprendido, eu por outro lado considero que é a falta de afectividade no sexo que leva as pessoas a fazerem-no sem saber o que estão a fazer, pois uma relação com alguém sem querer saber desse alguém, mais não é que uma "masturbação".Esta atitude leva as pessoas a lidar com uma relação sexual como se fosse algo de estranho.E tanto aqueles que copulam como se fizessem exercício físico, quase olhando para o sexo como algo desligado do resto da vida, ou aqueles que o fazem como se de um favor se tratasse, são ambos "anjinhos assexuados" pois ambos estão, no fundo, distantes do assunto e penso que isso faz deles, indivíduos perigosos.
E em certos casos, essa atitude de estranheza é escondida por detrás da banalização do assunto (banalização essa que pode levar as pessoas a recorrerem a aplicações alternativas da sua sexualidade - a moda do sado-maso, a necessidade de experimentar orientações sexuais diversas, etc - que considero serem sinais de tédio e/ou frustração sexual) e pode levar as pessoas a tratar os parceiros como objectos(pois se o sexo é estranho, então a outra pessoa, enquanto parceira sexual, também o é), já não tendo importância se estes são menores ou outra coisa qualquer pois, afinal de contas, são apenas objectos.

Thursday, May 31, 2007

Greve sem efeito

O meu objectivo para hoje, era escrever um post sobre a greve de 30 de maio, mas perante o post que encontrei no blog suburbano:"Eu não fiz Greve", concluí que era melhor fazer este link, pois o post está mais bem expresso do que aquilo que eu escreveria e além disso, subscrevo-o quase totalmente.

Wednesday, May 23, 2007

Entre Neo-Nazis e Enfermeiras-parte 2

Falemos então agora, de mulheres:

Analisando o que se sabe sobre o cérebro das mulheres, parece-me viável dizer que tal está estruturado de forma mais realista, pois utiliza mais vezes os dois hemisférios em simultâneo para realizar tarefas do que o homem.Isto traz-lhe vantagens no que diz respeito à harmonia com a natureza, pois nesta os objectos não estão já limitados de acordo com os nossos conceitos.Tudo está ligado de alguma forma.Daí a aversão geral das mulheres aos raciocínios absolutistas e limitadores da realidade.

O facto é que nem sempre interessa harmonizar ao máximo com a natureza.Ao longo da construção de uma sociedade surge sempre a necessidade de fazer evoluir conceitos como segregação, separação, regras, limites, sistemas e outros que vizam apenas organizar e gerir a realidade e não, vê-la tal como ela é.Não vizam ser como a natureza.Vizam AGIR NA NATUREZA.Vizam tomar decisões, mais do que realistas, funcionais.Função, esta é a palavra chave.Os homens avaliam o valor de algo pela sua função e versatilidade.As mulheres não precisam que algo sirva para alguma coisa para lhe darem valor, daí que acham que toda a gente merece amor e consideração.Até os criminosos e os imbecis precisam de atenção.Tudo conta.Tudo é importante.

Por muito que me custe admitir, esta atitude faz mais sentido do que a dos homens utilitaristas, pois na verdade, a vida não tem que ter uma função, as pessoas não têm que ter uma função nem de ser julgadas por isso.A sociedade é que exige que tal aconteça para que se lhe possa pertencer e beneficiar da sua protecção.Protecção essa que é a única ideia que convence a Mulher a concordar que a sociedade se organize para lá das várias famílias.Para que todos se possam salvar.

Mas apesar disso, penso que se passa algo na sociedade dos dias de hoje que não contribui para revelar estas características na mulher.A necessidade de se afirmarem como substitutas dos homens, como se isso fosse bom e sem,ás vezes, pensarem se é isso que querem.

Observei isso num hospital, hà pouco tempo.No meio de todo aquele ambiente de portas e corredores em que me perdi, só me sentia bem quando, em vez de passar um médico arrogante ou um paciente numa maca, passava uma enfermeira sorridente e que quase me tentava "curar" com o olhar.Depois, na altura em que conversava com uma médica sobre o paciente, tentei fornecer alguns dados sobre ele, que pensei serem importantes.Mas numa atitude que não esperaria numa mulher,a médica virava a cara e fingia já saber tudo e não dava importância.O mesmo fez a segunda médica que analisou o mesmo paciente.
O facto é que o que eu disse sobre as possíveis razões sobre a causa do episódio que levou o paciente ao hospital confirmaram-se no dia seguinte por um médico particular.E se a dita médica tivesse usado os dois hemisférios como fazem as enfermeiras com que me deparei, teria dado mais atenção às pessoas envolvidas, ter-me-ia ouvido e teria evitado as 8 horas de exames e análises inconclusivos que o paciente teve que sofrer.

Estas duas médicas tentaram , na minha opinião, adoptar uma atitude mais distante, talvez para se sentirem pertencentes a um mundo que olham como masculino, mas numa representação infeliz não obtiveram nenhuma vantagem a partir dessa ideia.

Como sabemos, noutras ocasiões pode ser útil usar essa atitude distante como a que usei para analisar o que se passou na minha frente com intuito de chegar às conclusões que apresentei.A aproximação excessiva(que atribuo como desvantagem das mulheres) pode levar a misturar conceitos que embora realmente ligados não me ajudariam a pensar num contexto específico.

Acontece que o abuso do distanciamento pode levar a atitudes como a dos Nazis e como as dos agora emergentes, Neo-Nazis e nacionalistas. Tanta determinação e vontade poderia ser usada para coisas muito mais úteis do que tentar conquistar um lugar da assembleia para forçar a ostracização e promover o racismo.Espero que as mulheres não se juntem nestas inciativas de masculinização estúpida da sociedade, apenas para se poderem afirmar também.

O confronto de valores resultante das vontades dos homens e das mulheres deve-se manter sem nenhuma visão ter de prevalecer sobre a outra.Pois se os homens perdem os seus "defeitos", a sociedade perde a sua força e objectividade e se as mulheres perdem os seus, a sociedade perde a sua razão e encanto.

Entre Neo-Nazis e Enfermeiras-parte 1

Nos anos 30 do século passado subiu ao poder na Alemanha, Hitler, e com ele, todas as implicações politico-ideológicas mal-amanhadas à qual se foram unindo um número assustador de caucasianos.Havia um medo do comunismo, um desepero e uma desorientação tal, que muitos acreditavam ser necessária uma "renovação" das etnias existentes na Alemanha e possivelmente no resto do mundo.Havia esta suspeita já presente, que Hitler aproveitou para "encarneirar" o maior número de pessoas possível, criando o sonho de um mundo "limpo", "puro", "ariano"...
Como em qualquer proposta de ditadura, existia o objectivo de criar um estado de controlo máximo da movimentação das pessoas.É aqui que reside para mim, o início da questão e onde considero haver um dado interessante.A relação entre um estado controlador e a sua "virilização".
A razão porque no nazismo se propagava a violência nas ruas como forma de fazer política, nada mais era do que a melhor forma de prever e domar os acontecimentos, porque verdade seja dita, um estado "virilizado" é muito mais previsível e controlável do que um estado "efeminado" onde as motivações e os valores não seriam tão básicos e superficiais.
O próprio Hitler não deveria ser tão nazi quanto os seus seguidores, mas arranjou sem dúvida um discurso simples, eficaz e acima de tudo "viril" que por esta mesma última característica dava segurança a quem se assumia partidário desse discurso.Digo mais até:Hitler gostava de mulheres, coisa que não parece acontecer com a percentagem esmagadora de nazis(e mesmo Hitler aparenta ser duvidoso), para os quais o mundo deve ser masculino, militarista, espartanista, opressor, racista e nacionalista, não deixando espaço para outras características mais compassivas, conciliantes, cujas se podem considerar mais femininas.Um homem que recusa por completo características femininas numa sociedade é um homem que gosta de homens.Mas na minha opinião, Hitler fazia-o hipócritamente e por necessidade de controlo.O facto de se proibir a homossexualidade brutalmente, mais não pode ser do que um medo escondido que isso se pudesse alastrar num mundo virilizado, não o tornando tão previsível.
Surge a segunda parte da questão e o terceiro lado do triângulo.A relação entre virilização e anti-naturalidade.

Virilização---Previsibilidade---Contra-Natura


De facto, existe a tentação de prever ao máximo a realidade para poder controlá-la, e no caso dos homens que não estão tão ligados à terra e à vida, mas sim, aos seus objectivos, mais fácil se torna conceber um mundo onde, embora não se negue as tendências naturais, se nega a sua supremacia e simplesmente se procura a eficácia do sistema criado pelo ser humano.
É uma tentação muito forte aquela que um homem tem para pensar:" E se eu previsse isto tudo?E se eu já entendesse tudo?E se eu já controlasse todos os parâmetros da natureza e da sociedade?E se eu souber tudo?Eu podia ser Deus."

Esta tentação vai contra a natureza das coisas mas é uma boa forma de motivação para a vida, na minha opinião.Pois sabendo que não sou Deus, não preciso de me preocupar enquanto busco a perfeição, uma vez que esta busca será infinita.Mas por ser infinita, eu tenho de saber quando parar, quando me render, tenho de buscar a estabilidade de vez em quando.É aí que entra a Mulher.Mulher essa que estabelece os limites da loucura para o homem(ou a passagem para outras).
Curiosamente e ao contrário do que normalmente oiço, não é o homem que dá segurança, mas sim a Mulher, pois mais importante do que nos que protegermos das tempestades, das confusões e dos inimigos é proteger o valor da vida.É ter uma resposta(como se fala, e bem, num anterior post), uma justificação...e a única resposta concrecta e real que o homem tem para a vida...é a Mulher.

Tuesday, May 22, 2007

Experiment Stupidity

Peço Desculpa ao Blog Arqueologia do Corpo, de onde "roubei" este vídeo, mas é demasiado importante difundir quão estupidos e perigosos são os Estados Unidos da América. De tomar em conta que estas pessaos votam em quem será o Presidente do país mais poderoso do mundo.

Sunday, May 20, 2007

"Crer para Viver"

Depois de ter-me sujeitado, por curiosidade doentia e da qual me envergonho, aos argumentos e conselhos quer da Oprah como do famoso Dr.Phil, reparei que hoje em dia se aconselha as pessoas a acreditarem em "algo", não necessariamente em Deus, mas em alguma coisa. Como que fosse algo de necessário à existência humana acreditar em algo de superior a nós, ou à nossa existência. Estranhei um pouco este paradoxo estranho, de ver crentes numa determinada doutrina, a afirmarem que não é necessário acreditar no Deus deles, mas pelo menos encontrar um substituto. E então pus-me a pensar:
Porque será que devemos nós acreditar em algo?
Porque será que desde as tribos indígenas numa ilha deserta, aos Romanos, Gregos, Católicos, Muçulmanos, todos acreditam num Deus, ou em algo Superior a si mesmos?
Porque é que o ser humano é levado a Crer para Viver?
Será que existe mesmo uma necessidade inerente ao ser humano de acreditar em algo superior a si, que comanda os nossos destinos?

Primeiro acho que devo definir que, pessoalmente, eu acredito em respostas. Eu acredito que existem razões e causas para o que acontece. E que a procura dessas causas deve fazer sentido, independentemente da direcção em que me apontar, seja Deus, ou o fim do mundo.

Assim comecei a minha análise da questão, perguntando:
De onde surgiram as crenças?

Penso que nos tempos em que o intelecto humano ainda não estava totalmente desenvolvido, os seres humanos começaram a associar consequências com causas. E esta associação começou, associando causas passadas e consequências presentes, e movendo-se para causas presentes com consequências futuras. Assim ganhámos a capacidade de prever com alguma certeza o futuro. Consequentemente surgiu aquilo que eu chamo de espírito científico, também conhecido como curiosidade. Começou-se então a procurar as causas para as consequências que mais importavam ás pessoas naquela altura:
Porque é que morremos? Porque é que se dão terramotos? etc...
Desta procura de saber o porquê das coisas, surgram as primeiras crenças em seres superiores:
"Ao ofender o meu vizinho ele torna-se violento. Assim, da mesma forma: a Terra tremeu, pois ofendemo-la!"
Mas estas crenças respondem apenas ao espírito científico de cada um de nós... são respostas, mais nada.
Posso assim concluir que não existe na natureza humana uma necessidade de crer em algo, mas que aquilo que nos leva à religião não é nada mais do que aquilo a que eu chamo de espirito científico, a necessidade de saber o porquê das coisas, de obter respostas. Muito ironicamente o mesmo espírito que nega todas as crenças em entidades não lógicas, ou cientificamente provadas.

Continuei a minha análise e perguntei-me :
Assim, donde surgiram as religiões, e para que propósito?
Á medida que o tempo passava, alguns dos habitantes das sociedades tribais (ou qualquer outro tipo de sociedade), ganham, naturalmente, maior experiência e sabedoria, que lhes concedem maior respeito e credibilidade. Que por sua vez, lhes concedem, maior estatuto e autoridade.
Estes habitantes, têm a "sua" resposta, e essa resposta é estabelecida como verdadeira para toda a tribo, pois dado o estatuto e sabedoria dos velhos e sábios aldeões, nenhum dos outros aldeões encontra razões para duvidar dela. No entanto, dado os meios existentes naquela altura não serem os necessários para explicar o porquê de todos os acontecimentos verdadeiramente relevantes para um indivíduo, essa resposta não era absoluta, e provavelmente nem sequer era correcta. Mas isso tornou-se secundário quando surgiu um outro aldeão com uma outra resposta. Uma resposta que punha em perigo o estatuto dos aldeões velhos e sábios, e estes protegeram esse estatuto, calando essa nova resposta, independentemente do mérito da mesma.
E assim os velhos sábios ganharam a noção do poder que possuíam e da única coisa que os mantinha agarrados a esse poder:
A crença da tribo na "sua" resposta.
Assim surgiram as religiões, cuja principal natureza é serem uma ferramenta de poder utilizada pelos extractos sociais superiores para manter a sua credibilidade e estatuto.

Essas ferramentas foram sendo aperfeiçoadas e embelezadas. Assim ao analisarmos as crenças e religiões que mais se proliferaram, todas elas apelam ao descanso da nossa consciência. Existem em toda elas promessas de uma vida positiva, e de um futuro risonho, para aqueles que acreditam nos seus princípios. Quer seja acreditar no destino, ou no Karma, ou em Deus. Estas doutrinas transmitem um conjunto de limitações, de regras, que se seguidas, levam a um final positivo. Esta forma de embelezar o mundo em que nos inserimos, é apenas uma forma de atrair as pessoas à mensagem, pois elas QUEREM acreditar que tudo vai correr bem. Quando na realidade, isso não é algo que se possa prever.

Concluindo:
Dado hoje em dia o método científico conseguir estabelecer respostas para coisas que na altura da criação das religiões não era possível, elas têm de se ajustar e adaptar á esta nova realidade. E assim, procuram fomentar esta pseudo-necessidade, de um final feliz.Como se o ser humano não fosse capaz de assumir as suas responsabilidades, e viver a sua vida sem a promessa de um final que lhe seja satisfatório.
A verdade é que não existem finais felizes, apenas finais. E a tentativa de assegurar esse final feliz é uma exploração social da qual depende a existência das igrejas.

Wednesday, May 16, 2007

Tuesday, May 15, 2007

Oração do Homem Moderno

Convoco todos os Santos
Todos os espíritos
Deuses do passado
Ou santidades de conveniência

A todos vos chamo!

Por favor!
Matem-me a Consciência!
Já tenho tudo
Segurança, amigos...
Só me falta uma coisa
Livrar-me da minha Consciência
Aqui a entrego
Aqui a vendo
Aqui no santuário da minha solidão
Que espero ver pela última vez

Ninguém tem um Deus para me dar?
Um contentor para o meu sofrimento?.............................
...............................................................
........................................
.................................................................................................................................
Espera...
Vejo uma luz
Uma resposta divina!...
Sim, é isso!
Mas porque hei-de duvidar da minha bondade?
Só quero comprar as minhas coisas, as minhas casas, os meus carros
Sem me sentir culpado
Será pedir muito?
É preciso que os outros também sejam felizes...

Heis a minha nova oração:

"Que todos se satisfaçam

Que os pobres se saciem
Com o pouco que têm
Que os ricos tenham tudo
E que não me chateiem

Que os feios fiquem aquém
Mas que não se importem
Que os bonitos lhes digam
Que só conta o que sentem

Que os cegos e surdos
Se contentem com coisinhas
E os outros inválidos
Só precisem de festinhas

Que os que morrem a sofrer
Tenham seu lugar no Céu
Mas que o próprio Inferno
Não seja assim tão mau

Que todas as almas do Mundo
Encontrem o seu caminho
E que nada falte
A quem só olha o seu ninho

Deus!

Faz da hipocrisia, a nova demência
E salva-me da minha Consciência"

Thursday, May 3, 2007

Querem argumentos para filmes?Os americanos têm os westerns, nós temos a exploração do planeta Terra

-20 anos antes de Colombo "chocar" contra as Caraíbas, João Vaz Corte Real descobriu a ilha a que chamaram de Terra Nova, no Canadá.A existência de terra naquela zona do oceano foi mantida secreta por ordem de D.João II e as expedições continuaram, resultando na descoberta da costa norte-americana.

-As estimativas em relação á circunferência da Terra, feitas por Colombo, estavam muito mais longe da realidade que as da Junta de Matemática da corte de D.João II.Razão pela qual o rei recusou financiar as viagens e permitiu que Colombo convencesse a Rainha Isabel de Castela a financiá-lo e torná-lo almirante dos mares da Ìndia a descobrir e governador e vice-rei das terras do Oriente que se propunha descobrir também(pouco ambicioso, o homem).

-Como sabemos, Colombo não só não descobriu terras orientais nenhumas, nem mares da Índia, como distraiu a corte espanhola da luta comercial em que se quiz envolver, totalmente ganha por Portugal, nesta fase, visto que 4 anos antes de colombo dar com as Caraíbas em 1492, por engano, já Bartolomeu dias tinha chegado a metade do caminho marítimo para a Índia, sendo depois feita a viagem completa por Vasco da Gama em 1498.

-O tratado de tordesilhas, em que os negociadores portugueses conseguiram alterar a proposta do Papa para umas léguas mais à esquerda, apanhando o Brasil(mas falhando as caraíbas, para satisfação dos espanhóis), teve lugar em 1494.Isto foi 4 anos antes da suposta "expedição secreta" de Duarte Pacheco Pereira e 6 anos antes de "descoberta oficial" de Pedro Álvares Cabral.Conveniente, não?

-Existe um mapa, feito pela National Geographic Society, chamado "The Explorers", que tenho na minha posse.Nesse mapa estão enumerados os mais importantes exploradores: 12 exploradores ingleses, 6 espanhóis, 3 portugueses...a minha dúvida é:

Tristão Vaz Teixeira, Diogo de Silves, Gil Eanes, Afonso Gonçalves Baldaia, Dinis Dias, Diogo de Azambuja, Diogo Cão, Afonso de Paiva, Pêro da Covilhã, Gonçalo Eanes, João Fernandes, Pedro de Barcelos, Vasco da Gama, Duarte Pacheco Pereira, Pedro Álvares Cabral, João Vaz Corte Real(e seus respectivos 3 filhos), João Rodrigues Cabrilho, João da Nova, Afonso de Albuquerque, Francisco Serrão, António Fernandes, Fernão de Magalhães, Bartolomeu Dias, Martim Afonso de Sousa,Aarão Hallevi , António Abreu, Afonso de Paiva, António de Andrade, Bento de Góis, Brás Cubas, Diogo Álvares Correia, Diogo Rodrigues, Cristovão Pereira de Abreu,Diogo de Teive, Estevão Gomes, Fernão Gomes, Jorge Álvares, João Fernandes Lavrador, João Ramalho, Luis Vaz de Torres, Lourenço Marques, Martim Soares Moreno, Pedro de Mascarenhas, Pero Coelho de Sousa, Pero Lopes de Sousa, Pero Escobar,
João Fernandes de Oliveira, Jorge de Menezes, Tristão da Cunha, Fernão Mendes Pinto, João Gonçalves Zarco, Cristovão de Mendonça, Gomes de Sequeira, Pedro Fernandes de Queirós, Hermenegildo Capelo, Roberto Ivens, Serpa Pinto...60 pioneiros e exploradores aventureiros portugueses, praticamente todos da Era dos descobrimentos (que começou com a conquista de Ceuta).

Pronto, se não quiserem, não ponham todos, mas só 3 é abuso, não?

-Foram encontrados mapas portugueses que revelam conhecimento da existência da austrália, 250 anos antes de James Cook lá passar, pois nesses mapas, depois de algum estudo, foi possível encontrar contornos detalhados duma parte da costa australiana.

-Existe uma imagem mítica dos portugueses, propagandeada, principalmente entre os americanos, que nos classifica como tiranos e chacinadores.O facto é que, de todos os povos de exploradores desta época dos descobrimentos (portugueses, holandeses, espanhóis, ingleses e franceses), os portugueses são dos que têm menos registos de comportamentos tirânicos e racistas(claro que também tivemos a nossa quota parte, principalmente na escravização) e sendo bastante favoráveis à miscigenação, ao contrário do que se verifica nos outros povos e principalmente, nos ingleses que sempre tiveram uma política de "apertheid" em relação a outras raças.

-O explorador João Fernandes de Oliveira teve 13 filhos assumidos da ex-escrava (já, mulata) Xica da Silva com quem se tinha casado e assumido abertamente o matrimónio, daí o nome da senhora passar a Francisca da Silva Oliveira.O padre António Vieira teve forte relação e conhecimentos com os nativos do Brasil e sempre quiz contribuir para a sua integração na sociedade cristã(uma forma de eles não serem ostracizados).Camões descreve no seu poema "Endechas a Bárbara Escrava" uma atitude não-racista e de vanguarda.

-"Ali andavam entre eles três ou quatro moças, bem novinhas e gentis, com cabelos muito pretos e compridos pelas costas; e suas vergonhas, tão altas e tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as nós muito bem olharmos, não se envergonhavam"-Pero Vaz de Caminha referindo-se às nativas do Brasil, nas suas cartas relativas à viagem de Pedro Álvares Cabral em 1500.

300

(quem não viu o filme "300" ainda, não leia os dois primeiros parágrafos)

Depois de ter visto, finalmente, esse filme que deu tanto que falar e depois de concluir que é um bom filme para entretenimento e estupefacção com efeitos estéticos e cenas de batalha, passei, de seguida, para a componente histórica do filme que, neste caso, deriva da interpretação do, agora conhecido, Franck Miller, que participou na realização do filme.Depois de verificada essa componente, conclui que, era sem dúvida, a parte menos considerada no enredo.Isto é uma pena para quem, ao ter gostado tanto da história, desejasse que assim se tivesse passado...

De facto, na batalha de termópila, não havia apenas espartanos famintos de sangue e outros quantos aliados que não sabiam combater. Também os persas não eram aos milhões e lado grego contava com pelo menos, 7000 soldados aliados, sendo os de esparta à volta de 1000, no número mais provável.No máximo, os soldados de esparta sacrificaram-se, de facto, para bloquear os persas, enquanto os aliados se retiravam, para impedir o massacre, quando a batalha já estava perdida.Mais tarde, foi um general e estratego ateniense chamado Temístocles com a sua frota naval que derrotou pela primeira vez o exército persa e inverteu o decurso da guerra.

Mas, passando para casos mais sérios, em que o que o caso não é um filme de banda desenhada, existem uma série de deturpações históricas que se alastram e afectam até os portugueses.Como tal, eu irei deixar no próximo post, uma lista de recordações de dados e deturpações históricas em relação a Portugal(de acordo com os historiadores mais recentes) que deveriam ajudar a levantar este país, tal como os americanos fizeram com os seus westerns do sonho americano e que acompanharam o progresso dos estados unidos.
Quem quiser contribuir com mais revelações ou simplesmente confirmações da História, esteja à vontade.