Friday, July 6, 2007

O circo chegou a Lisboa

Vem aí o circo.Há cartazes.Há palhaços.Há malabaristas.Há trocas de galhardetes.Há diversão.Há tempo e dinheiro perdido.Há espectáculo!!!

Ia a passar na calçada de carrixe e comecei a ver a quantidade de cartazes respectivos às autárquicas e parecia que estava no meio de uma revista de bd em que os bonecos se insultavam todos uns aos outros.Parecia que cada cartaz que eu lia, já estava a responder ao insulto do cartaz anterior(sim, eu li alguns, processem-me).
O melhor, se calhar, é juntarmo-nos à festa, como fazem os do Gato Fedorento e não desperdiçarmos a oportunidade que este país nos dá de nos divertirmos, que isto, o mal, é levarmos a vida a sério...

Mesmo assim gostava de partilhar este pensamento:

Síndrome da responsabilidade política:Quem são as únicas pessoas que não precisam de saber fazer nada pelo país?As que mandam fazer.

E uma curiosidade:

Etimológicamente, as palavras "eleição" e "inteligência" têm raízes parecidas, uma vez que "eleição" quer dizer "escolha" e inteligência diz respeito á capacidade de "escolher" entre várias opções.Curioso...

2 comments:

Anonymous said...

Por acaso, permite-me discordar do sarcasmo da necessidade deste circo eleitoral. Acho que está a ser a eleição autárquica mais importante dos últimos... sei lá, 30 anos, talez. E porquê?! Por o simples motivo de ser numa altura em que em mais nenhuma Câmara Municipal se discute a eleição de um cargo não sujeito ao poder do Governo Central, mas sim do Presidente da Républica [que, de um modo geral e errado, em Portugal, se tem limitado a fazer de cícerone a visitas de estado e mandar recados em datas festivas].

Assim, repare-se na degladiação, na falta de escrúpulos, no atentar à inteligência social das populações [sim, não é muita, é verdade, mas ainda existe uma réstia]... Enfim, no tal Circo que referes, e que é o apanágio da vontade de uma determinada classe [os tais ditos "políticos profissionais"] de agarrar um posto de visibilidade e poder, um trampolim, um posto. E esta visibilidade dilui-se, normalmente, no acompanhamento das eleições a nível nacional. Assim, a importância que atribuo a estas eleições passa por, desta feita, podermos assistir em primeira mão à agressividade destas figuras de proaem busca do tal "tacho", de uma câmara fotográfica, em que se discorrem os podres uns dos outros e parecem miúdos da primária com queixinhas às autoridades supostamente competentes. Observem aqueles que mandam em nós, que nos definem quanto pagamos de impostos, o que podemos ou não e onde construir, qual a velocidade a que podemos conduzir e onde estacionar, etc, etc, etc...

Melhor que um milhar de blogs e programas de televisão, observem, senhores, estas eleições, e percebam quem nos [des]governa.

António Varela

garibaldov said...

Concordo que não seja prudente ignorar a importância destas eleições.
No entanto, aquilo a que me refiro é, específicamente, às campanhas.Pois as várias campanhas de Hitler forma sem dúvida importantes, mas nem por isso seria injusto chamarmos-lhes circenses(peço desculpa pelo exagero da comparação)
O que digo é a que a relação entre a performance de campanha de cada candidato e o resultado nas nossas vidas é quase aleatória...