Wednesday, June 27, 2007

Experiment Freedom...with cars re-sell prices..

Experiência reservada a mulheres ou O desprezo pelas máquinas-não sei qual o título mais adequado

Tuesday, June 26, 2007

Porquê o alargamento da discussão pública do novo RJIES?

"Dia 22 de Junho juntei os meus apetrechos, e parti em expedição em direcção à Reitoria da Universidade do Porto, para atender a este convite irrecusável da discussão pública da Proposta do RJIES. Para grande espanto meu - resultado de vivências atávicas - à hora marcada, o Senhor Ministro já se encontrava ns "Sala dos Capelos lá do Norte", rodeado de bastante audiência - aí umas 350 pessoas - a maioria seria constituída por docentes de diversas instituições públicas e privadas, que me pareceram mais de pé atrás e curiosos sobre como ele se sairia, do que interessados em questões de ensino superior, e também largas dezenas de alunos.
O senhor Ministro, durante mais de 3/4 de hora, relatou, com bastante fulgor e pormenor, todas as SUAS (dele) peripécias, suadelas e diligências, que culminaram nessa proposta do RJIES, descrevendo com bastante precisão, a fundamentação da proposta organizacional do Conselho Geral mas, sobretudo, as vantagens competitivas da gestão tais fundações "públicas de direito privado" [1] - estas com base processual de gestão financeira, no código civil e código fiscal, e permitindo circulação dinheiros (inclusivé os de origem pública) sem concorrerem para o agravamento do déficit público, quando comparadas com a gestão legalmente possível de instituições públicas - que obedecem ao código de procedimento administrativo e cumprindo demais regras correspondentes; nestas, o seu financiamento público "conta para o deficit...". Eu entendi que subjacente à instituição de "fundações de gestão facilitada", estaria a necessidade das universidades terem maioria orçamentária proveniente de verbas privativas - isto é, seria privilégio de instituições mais afortundas.
Depois da sua longuíssima introdução, seguiram-se imediatamente inscrições de duas ou três pessoas, cuja sequência de exposição de questões foi logo interrompida no fim da primeira intervenção, pelo próprio ministro, para dar a palavra ao Senhor Professor Universitário Vital Moreira, na sua qualidade de "Técnico" - penso que este foi O Conselheiro Jurídico do documento RJIES produzido, sobretudo, no trecho pertinente às fundações "publicas de direito privado". Este Senhor ocupou mais outra meia hora, para repetir, obsessiva e entusiasticamente a mesma coisa, que o ministro, só que com muito menos precisão e brilho.
Depois arengaram umas 30 pessoas, na sua maioria a dizer que seria necessário muito mais tempo, para a IES poderem redigir os estatutos, em desacordo com aquela ideia lunimnosa das fundações - se o financiamento público dessas fundações não conta para o defcit nacional, parece ser de facto uma excelente ideia, para a instituição de um saco azul de corda folgada, por isso sinceramente não percebo a posição das universidades - esta maravilha está prevista só para elas.
Os alunos, dominantemente, reivindicaram a importância de manutenção da sua representatividade e contributo para a estratégia das escolas no Conselho Geral.
O senhor Ministro respondeu à grande maioria das perguntas, reparos e sugestões menos áquelas que verdadeiramente o incomodavam e que a mim me levou até lá, a saber:
Concretização da diferenciação das Instituições Politécnicas no Capítulo da Investigação;
Na necessidade de acautelar, já neste documento, com absoluta equidade de tratamento os alunos carenciados de um e de outro subsistema;
Na necessidade do Governo estabelecer, já neste documento, prazos concretos da sua intervenção como sistema regulador.
O Ministro classificou questões como estas, como sendo de pormenor, disponibilizando-se a si mesmo e ao seu gabinete, para as tratar posteriormente(...)"


Excerto de um post: "
SCOOP RJIES - um Nariz de cera" do blog: Outra Loiça

Um exemplo que serve para demonstrar porque agendou Mariano Gago, a discussão pública do novo RJIES para justamente, a época de exames em que os mais interessados em se informar e discutir estão sem tempo para tal discussão (professores e alunos) pois estão a estudar, a fazer ou a corrigir testes.

É já esta quinta-feira a votação na AR!

Thursday, June 21, 2007

Homenagem a Tolstoy

Não sendo eu cristão como era esta sumidade, tenho de reconhecer que vale sempre a pena ouvir o que ela diz:

"Os ricos farão de tudo pelos pobres, menos descer de suas costas."

"Quem nunca esteve na prisão não sabe como é o Estado".

"O homem que desempenha um papel nos acontecimentos históricos jamais lhes compreende o significado".

"A arte é um dos meios que unem os homens."

"Aceitar a dignidade de outra pessoa é axiomático. Não tem nada a ver com dominação, apoio, ou atos de caridade em relação aos outros."

"É no coração do homem que reside o princípio e o fim de todas as coisas."

"Governos precisam de exércitos para protegê-los de seus oprimidos e escravizados súditos."

"Em minha busca de respostas para a pergunta da vida, senti-me exatamente como um homem perdido em uma floresta."

"Em vão centenas de milhar de homens, amontoados num pequeno espaço, se esforçavam por disfigurar a terra em que viviam; em vão a cobriam de pedras para que nada pudesse germinar; em vão arrancavam as ervas tenras que pugnavam por irromper; em vão impregnavam o ar de fumaça de petróleo e de carvão; em vão escorraçavam os animais e os pássaros - porque até na cidade a Primavera era Primavera". Retirado do livro Ressurreição

"Quase todos os esforços humanos se dirigem não à diminuição da carga do trabalhador, mas a tornar mais agradável o ócio dos que já vivem em lazer."

"A tristeza pura e completa é tão impossível quanto a felicidade,pura e completa."

"Cada um pensa em mudar a humanidade, mas ninguém pensa em mudar-se a sí mesmo."

"É mais fácil escrever dez volumes de princípios filosóficos que por em prática um só deles."

"As vezes acontece que se discute porque não se chega a comprender o que pretende demonstrar o nosso interlocutor."

"É mais fácil fazer leis do que governar"

"Não há situação a que um homem se não habitue, principalmente se todos os que o rodeiam vivem em iguais condições."

"O respeito foi inventado para esconder o lugar vazio onde deveria estar o amor"


"As mulheres são o principal obstáculo à actividade do homem. É difícil amar uma mulher e fazer qualquer coisa ao mesmo tempo."

"Todo aquele que tem uma vida complicada julga ver nessa complicação uma fatalidade que só a ele atinge."

"A energia tem por base o amor e o amor não se consegue à força."

"Qualquer pessoa é capaz de se conservar horas sentada de pernas encolhidas, sem mudar de posição, desde que esteja certa de que nada a impedirá de o fazer. Mas, sabendo que é uma imposição, terá cãibras e as pernas, trémulas, acabarão por se estender."

E a minha preferida:

"Antes de dar ao povo sacerdotes, soldados e maestros, sería oportuno saber se ele não está a morrer de fome."

Thursday, June 14, 2007

Egopata

Porque tem de ser assim?

Onde está o meu sono?
Onde está a minha tranquilidade?

Porque me acordaram?
Vivia eu na insconsciência?Ou na sabedoria completa?
Expulsaram-me daquele ventre...agora já não me lembro bem
Tiraram-me das trevas...quem vos pediu?

Pedi a alguém para nascer?
Alguém me perguntou alguma coisa?

Arrancaram-me do sono profundo
E agora procuro-o todos as noites
Quando, finalmente, se põe este Sol
Que me quiseram mostrar...Maldito seja!

Uma ou outra interrupção...ainda aguentava
Mas depois romperam-me o cordão
A minha raíz...foi-se
Desligaram-me
Acordaram-me
Nunca mais fui natureza
Nunca mais fui perfeição
Nunca mais vivi naquela caverna húmida
Onde alguém que eu não via
Me dava tudo o que eu precisava.....................................

....................................................................

Mas eu vingar-me-ei!
Irei lutar para provar que não me venceram
Com ódio, receberão o amor que me tiraram

Irão conhecer o monstro que despertou
E também a força que, outrora, o sufocou.

Tudo isto, para receber
O meu sono de volta.

Monday, June 11, 2007

Experiment Freedom...2

Os primeiros dois minutos são só para aquecer...

Tuesday, June 5, 2007

Just do it

Em relação ao Acordão do Supremo Tribunal de Justiça sobre uma atenuação de pena de um condenado por pedofilia:

"...não sendo certamente a mesma coisa praticar algum dos actos com uma criança de cinco, seis ou sete anos, ou com um jovem de 13 anos, que despertou já para a puberdade e que é capaz de erecção e de actos ligados à sexualidade que dependem da sua vontade."

Consideram a erecção um acto voluntário(todos os homens se lembram da primeira, foi mesmo de propósito...os sacanas...).E já que foi de propósito, já não há tanta responsabilização do abusador(como homem, sinto-me elogiado por considerarem que por o meu género ter um orgão fálico, isso me dá, desde tão cedo, poder e controlo absoluto e consciente sobre o meu sexo.As mulheres(que não são condenadas por ter prazer numa violação), vítimas do sexo(que duro golpe na emancipação) é que se calhar, estão á mercê desse falo.Então, os homens, de facto, mandam mesmo nisto...
Bom, e já agora deixem-no(ao condenado) sair mais cedo, coitado, que é para ver se ele apanha depressa, mais algum desses malandros preversos, capazes de erecção...(que, pelo que os juízes nem sabiam, inclui até mesmo bébés).
Que sorte, para o menor, que o caso já está encerrado, senão às tantas, ia ele preso.

"O arguido foi mantendo o seu comportamento sobre este menor, o que foi sendo propiciado pelo facto de o menor não contar a ninguém. (...) que se limitou a ‘ordenar’ ao ofendido que não contasse o que se passava entre eles."

Que caso tão raro esse do "não contar a ninguém".Nunca acontece...Este menor é, de facto, um inovador...merece tratamento especial...

Este caso, realmente, tocou-me.Acho que devia haver uma associação para a a defesa dos pedófilos, para eles não sofrerem abusos da justiça.Felizmente, que este foi salvo, a tempo, pelo SUPREMO(sim, supremo, engraçada esta palavra, não é?) Tribunal que lhe conseguiu reduzir a pena de 7 anos e 5 meses para 5 anos.

Já viram 7 anos e 5 meses?Que barbaridade!!!

E que fique a mensagem: se encontrarem um jovem "capaz de erecção", isso significa que ele já está para as curvas e se quiserem cometer algum crime de pedofilia com atenuante, têm sempre esta opção no mercado(ou na rua, ou na escola, ou em casa...).Se não fossem as lições da justiça portuguesa, não sei o que seria de nós...

Passando para um tom mais sério, parece-me que o problema não está em considerar que um abuso a um menor de 13 é diferente de um abuso a um de 6 ou 7 anos, pois isso é óbvio.O problema reside, a meu ver, nos argumentos usados e na demonstração da falta de tacto destes juízes para temas como "sexo", tema que infelizmente abrange uma parte muito importante dos casos de tribunal e até podia abranger mais, se a maioria dos casos fosse denunciado.Se estas "opiniões" tivessem sido dadas por um tribunalzeco da vila-dos-cata-percebes, já eram graves, mas feitas pelo mais alto orgão decisório da Justiça em Portugal já não são classificáveis.
Até no facto de se achar que pode ter havido consentimento por parte do menor, se deve atenuar a pena, não se percebendo que não é isso que faz do pedófilo menos perigoso e irresponsável.Quase que o facto de o menor poder ter tido esse consentimento desagrava uma vontade do condenado que, possivelmente, existiria de qualquer forma.Para que serve afinal o estatuto de menor?

O facto é que o comportamento sexual numa sociedade é das coisas mais importantes que nela existe(seja activo ou passivo).A naturalidade das pessoas na abordagem desse tema é fulcral.Mas trago comigo a suspeita de que cada vez mais se fala em sexo, mas cada vez menos se sabe o que é.Existe uma aparente libertinagem na arte e na cultura actual, em relação ao sexo, mas quando se chega à hora da verdade acontecem casos como o destes juízes que, no mínimo, foram influenciados por um desconforto escondido e defendendo-se com uma atitude arrogante perante um assunto que, pelos vistos, não dominam muito bem.

A minha hipótese é que, embora, muitos homens actualmente, sintam a necessidade de exibir uma atitude de macho latino desprendido, eu por outro lado considero que é a falta de afectividade no sexo que leva as pessoas a fazerem-no sem saber o que estão a fazer, pois uma relação com alguém sem querer saber desse alguém, mais não é que uma "masturbação".Esta atitude leva as pessoas a lidar com uma relação sexual como se fosse algo de estranho.E tanto aqueles que copulam como se fizessem exercício físico, quase olhando para o sexo como algo desligado do resto da vida, ou aqueles que o fazem como se de um favor se tratasse, são ambos "anjinhos assexuados" pois ambos estão, no fundo, distantes do assunto e penso que isso faz deles, indivíduos perigosos.
E em certos casos, essa atitude de estranheza é escondida por detrás da banalização do assunto (banalização essa que pode levar as pessoas a recorrerem a aplicações alternativas da sua sexualidade - a moda do sado-maso, a necessidade de experimentar orientações sexuais diversas, etc - que considero serem sinais de tédio e/ou frustração sexual) e pode levar as pessoas a tratar os parceiros como objectos(pois se o sexo é estranho, então a outra pessoa, enquanto parceira sexual, também o é), já não tendo importância se estes são menores ou outra coisa qualquer pois, afinal de contas, são apenas objectos.